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Peso argentino registra nova queda após derrota de Macri nas primárias

O peso chegou a perder 9,32% de seu valor nesta terça-feira, tocando 59 por dólar

Argentina: o peso argentino uma queda de 30% nesta segunda (Marcos Brindicci/Reuters)

Argentina: o peso argentino uma queda de 30% nesta segunda (Marcos Brindicci/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de agosto de 2019 às 13h30.

Buenos Aires — O peso argentino recuava mais uma vez nesta terça-feira, com a turbulência no mercado doméstico se estendendo pelo segundo dia após a vitória do candidato de oposição Alberto Fernández nas eleições primárias, que afetaram severamente as chances de reeleição do presidente Mauricio Macri.

O peso chegou a perder 9,32% de seu valor nesta terça-feira, tocando 59 por dólar. A moeda atingiu seu menor nível de todos os tempos na segunda-feira, de 65 por dólar, uma queda de 30%, em meio a temores de que um governo de Fernández possa levar a Argentina de volta a políticas econômicas populistas.

Em uma entrevista na segunda-feira, Fernández disse que estava disposto a colaborar com o atual governo depois que sua vitória no domingo afetou o peso, as ações e os títulos do governo.

Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Fernández como sua companheira de chapa, conseguiu uma liderança surpreendente com uma vantagem de 15 pontos percentuais em relação ao defensor de livre mercado Macri.

Dados da Refinitiv mostraram que os títulos, as ações e o peso da Argentina não registram o tipo de queda simultânea observada na segunda-feira desde a crise econômica de 2001.

Enquanto os títulos do governo e ações mostravam sinais de estabilização nesta terça-feira, outros dados sugeriam que a economia da Argentina não irá se recuperar rapidamente.

O risco da Argentina subia quase 100 pontos-base para o nível mais alto em mais de 10 anos.

O custo da proteção à exposição à dívida soberana da Argentina voltou a subir nesta terça-feira, segundo dados da IHS Markit. Os cálculos da Markit precificam a probabilidade de um default soberano de mais de 72% nos próximos cinco anos.

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