Peso argentino: moeda portenha renovou a mínima histórica ante o dólar (foto/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de junho de 2018 às 19h31.
São Paulo - Um dia depois da troca de comando do Banco Central da República Argentina (BCRA), o peso teve uma nova sessão de desvalorização.
A moeda portenha renovou a mínima histórica ante o dólar, com perda superior a 10% somente nesta semana. Em relação às demais moedas, a divisa dos Estados Unidos teve comportamento misto no pregão desta sexta-feira, 15.
Depois de o peso se desvalorizar 7% ontem, o governo da Argentina anunciou a renúncia de Federico Sturzenegger do comando do BCRA, que passou para a chefia do economista Luis Caputo, então ministro de Finanças.
"Diversos fatores foram deteriorando minha credibilidade nos últimos meses como presidente do Banco Central, atributo chave para levar adiante a coordenação de expectativas tão importante na tarefa que a mim foi encomendada", admitiu Sturzenegger, em carta enviada a Macri.
O governo do presidente Mauricio Macri disse nesta sexta-feira acreditar que o novo comandante da política monetária portenha vai gerar a confiança dos mercados.
Em relatório sobre a troca, o Itaú Unibanco acredita que a taxa básica de juros - atualmente em 40% - pode sofrer novo aumento "na próxima reunião de política monetária ou até mesmo antes", devido às restrições à política cambial impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no pacote de ajuda à Argentina.
No final da tarde em Nova York, o dólar saltava para 28,2550 pesos argentinos. Há uma semana, a moeda rondava o nível de 25 pesos; há um ano, estava na faixa dos 15 pesos.
Ante as moedas fortes, o dólar sofreu pouco impacto do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifas de 25% contra US$ 50 bilhões em produtos da China, que respondeu em intensidade similar.
No mesmo horário, a divisa dos EUA subia para 110,61 ienes, 0,9971 franco suíço e 1,3194 dólar canadense. O euro avançava para US$ 1,1613.