Mercados

Perspectiva de acordo sobre "abismo fiscal" anima bolsas

Para o Goldman Sachs, o governo vai chegar a um acordo sobre o "abismo fiscal", mas vai haver aumento de taxas e os gastos públicos vão cair em 2013


	Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,46%, o Nasdaq tinha alta de 0,64% e o S&P 500 avançava 0,49%
 (Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,46%, o Nasdaq tinha alta de 0,64% e o S&P 500 avançava 0,49% (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h24.

Nova York - A esperança de avanços nas discussões sobre o "abismo fiscal" nesta quinta-feira nos Estados Unidos anima os índices futuros das bolsas americanas no pré-mercado. Os números revistos do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre também ajudaram a manter o bom humor dos investidores, indicando um pregão de ganhos nesta quinta-feira. Às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,46%, o Nasdaq tinha alta de 0,64% e o S&P 500 avançava 0,49%.

Os mercados futuros começaram o dia em alta, ainda repercutindo duas declarações de quarta-feira. Uma do presidente Barack Obama, de que está otimista que um acordo seja fechado no Congresso antes do Natal para se evitar o "abismo fiscal", um conjunto automático de aumento de impostos e corte de gastos que entra em vigor em janeiro, caso não se chegue a um acordo. Já o republicano John Boehner disse que o partido está aberto a conversas e que um acordo é possível.

As conversas e negociações sobre o "abismo fiscal" continuam nesta quinta-feira. Entre as agendas previstas, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner deve se encontrar com dois senadores, o líder democrata Harry Reid, e o líder republicano Mitch McConnell. Além disso, Obama tem uma reunião com o republicano derrotado na corrida pela Casa Branca, Mitt Romney.

Para o Goldman Sachs, o governo vai chegar a um acordo sobre o "abismo fiscal", mas vai haver aumento de taxas e os gastos públicos vão cair em 2013, disse o banco nas estimativas para o próximo ano anunciadas hoje. O banco de investimento prevê que a economia americana vai crescer 1,9% em 2013. Na próxima semana, o Bank of America Merrill Lynch divulga suas projeções para 2013.


Entre os indicadores previstos para esta quinta-feira, o mais aguardado era revisão do PIB. O crescimento da economia americana no terceiro trimestre foi revisado de 2% na estimativa anterior para 2,7%, pouco abaixo do que os analistas consultados pela Dow Jones esperavam (2,8%). Também foram anunciados hoje os pedidos de auxílio-desemprego, que caíram 23 mil na semana até 24 de novembro, melhor que a estimativa de Wall Street, que projetava queda de 15 mil.

Entre as notícias corporativas, o destaque é o setor de varejo, por conta de anúncios de resultados trimestrais e de vendas em novembro. No pré-mercado, a rede de vestuário Gap recuava 2,29% às 12h15, após anunciar que as vendas no conceito "mesmas lojas" aumentaram 3% em novembro, abaixo do esperado.

A joalheria Tiffany & Co também anunciou resultados considerados fracos nesta quinta-feira e ainda revisou para baixo suas previsões de lucro para 2013. O papel, que chegou a cair mais de 20%, recuava 7,74% no horário citado acima. O lucro da empresa caiu 30% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2011, para US$ 63 milhões. A queda foi atribuída ao fraco desempenho da economia mundial.

Ainda no setor de consumo, a rede Target anunciou que suas vendas caíram inesperadamente 1% em novembro, por conta de um "mau planejamento" para as duas primeiras semanas do mês, segundo nota da companhia. A estimativa dos analistas era de alta de 2,1%. Suas ações perdiam 2,88% no pré-mercado.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresMetrópoles globaisNova York

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"