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Perdas no exterior abrem espaço para lucros na Bovespa

As principais bolsas da Europa e os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo após a divulgação de resultados corporativos


	Bovespa: às 10h05, o Índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,56%, aos 48.104 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: às 10h05, o Índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,56%, aos 48.104 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2013 às 10h39.

São Paulo - A realização de lucros iniciada nesta quarta-feira, 24, pela BM&FBovespa continua nesta quinta-feira, uma vez que as principais bolsas da Europa e os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo após a divulgação de resultados corporativos.

Nem mesmo a melhora na confiança das empresas da Alemanha e o crescimento econômico no Reino Unido animam os investidores. O fôlego de alta do dólar ante o real também deve inibir as compras de ações entre os estrangeiros. Às 10h05, o Índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,56%, aos 48.104 pontos.

Operadores das mesas de renda variável lembram que boa parte das altas recentes da Bolsa do Brasil se deram, em maioria, por compras de "gringos" e investidores locais em busca de pechinchas e ações que estavam sobrevalorizadas.

"O cenário continua o mesmo, com grandes desafios pela frente devido à desaceleração na China, ao encerramento dos estímulos à economia dos Estados Unidos e ao fraco desempenho da economia brasileira", afirma, em relatório, o gerente de Operações da Fator Corretora, Frederico Lukaisus.

Em meio a esse ambiente repleto de incertezas, o operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, afirma acreditar que a tendência da Bolsa "é ir e voltar".

"Agora, os preços das ações devem recuar de novo, após mostrar uma recuperação no curto prazo", avalia, lembrando que os papéis que mais subiram nos últimos dias foram justamente os que estavam mais "amassados". "A Bolsa não consegue ir muito longe", acrescenta.


De acordo com esses profissionais, as perdas registradas nos mercados internacionais devem ampliar o espaço para o embolso dos ganhos domésticos recentes.

No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 0,44%, em reação ao inesperado aumento dos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA, para 343 mil requerimentos, contrariando a expectativa de leitura mais baixa, de 340 mil. Já as encomendas de bens duráveis no país avançaram 4,2% em junho, bem mais que a previsão de alta de 1,7%.

Na Europa, a confiança das empresas alemãs subiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, para 106,2, ficando levemente acima das estimativas, de 106. Já o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,6% no segundo trimestre, ante o primeiro e 1,4% na comparação com igual período de 2012 - a maior expansão na comparação interanual desde 2011.

Mas é o noticiário corporativo que dá o tom negativo para os negócios com risco, com o cenário econômico desafiador também se refletindo nos balanços das empresas.

Às 9h45, a Bolsa de Frankfurt caía 0,96% e a de Londres recuava 0,49%. Internamente, Natura, EDP do Brasil e Klabin devem ser as empresas em destaque nesta quinta-feira, uma vez que foram divulgados os resultados referentes ao segundo trimestre de 2013. Ainda para esta quinta, estão programados os números trimestrais de Embraer, Grendene e Santos Brasil.

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