Mercados

PDG refaz as contas e quer as pazes com o mercado

Para Santander, novo plano da empresa será determinante para o futuro das ações

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 14h04.

São Paulo – Enquanto trabalha em seu projeto de reestruturação, a PDG (PDGR3) se mantém longe dos holofotes do mercado, mas provoca muita expectativa em boa parte dele.

A construtora e incorporadora está colocando na ponta do lápis suas operações com o objetivo de voltar aos trilhos. A PDG vem lutando por trimestres consecutivos contra estouros de orçamento, atrasos de entregas e, consequentemente, redução de lançamentos, buscando priorizar venda de estoques e normalização das entregas, com foco em rentabilidade e redução de despesas.

“Consideramos a divulgação do novo plano de negócios da PDG como evento importante para a empresa no curto prazo. Até então, a nosso ver, as ações continuarão pressionadas”, acreditam os analistas Alexandre Amson e Fabiola Gama, do Santander.

O novo plano de negócios será divulgado junto com os resultados do quarto trimestre de 2012, o que significa que o plano não será anunciado antes de março de 2013.

De acordo com o Santander, este novo plano é o principal evento da PDG nos próximos meses e, até sua divulgação, os papéis estarão refém de pressões na bolsa. “Assim que divulgado, esse plano será o maior catalisador para as ações”, avisam os analistas.

As ações ordinárias da PDG registram uma desvalorização de 49% em 2012, enquanto o IMOB, índice que acompanha o desempenho de ações do setor imobiliário na bolsa, mostra uma alta de 15%.

O Santander tem preço-alvo de 5,20 reais às ações, um potencial de valorização de 65%. A recomendação é de compra.

Rebaixamento pela frente?

Nesta semana, a agência de classificação de risco Moody’s colocou os ratings corporativos de escala global (Ba2) e de escala nacional (Aa3) da PDG em revisão para rebaixamento.

Segundo comunicado da agência, a revisão foi motivada por uma deterioração nos indicadores de crédito da empresa causada por uma rentabilidade menor do que a esperada.

Ainda de acordo com o comunicado, a estratégia agressiva de crescimento da empresa gerou aumentos nos custos e atrasos nos lançamentos, e impactou as margens brutas e a rentabilidade da companhia. Além disso, as necessidades de capital de giro pressionaram a estrutura de capital da empresa levando a um aumento significativo da alavancagem e a agência não acredita que haverá uma melhora rápida.

A revisão do rating será focada no sucesso da empresa em implementar seu novo posicionamento estratégico para melhorar suas margens, desalavancar em um período de tempo razoável e sustentar sua posição de mercado. 

Acompanhe tudo sobre:Análises fundamentalistasB3bolsas-de-valoresConstrução civilEmpresasMercado financeiroPDG

Mais de Mercados

B3: estrangeiros retiram na Super Quarta metade do valor sacado no mês

Iene em alta e dólar em queda: por que a desvalorização da moeda americana deve se acelerar

Do campo à Faria Lima, dívida da Agrogalaxy passa de R$ 4,5 bilhões

"Emergentes podem voltar a ser os queridinhos do mercado", diz Luiz Fernando Araujo, da Finacap