(Washington Alves/Reuters)
Repórter
Publicado em 28 de julho de 2023 às 08h10.
Última atualização em 28 de julho de 2023 às 08h14.
Bolsas do exterior iniciaram esta sexta-feira, 28, sem uma direção definida, tendo no radar a bateria de dados econômicos prevista para hoje. Ainda de madrugada, saíram números de confiança e atividade na Europa.
O destaque ficou com o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, que recuou 0,2% no segundo trimestre. Foi o terceiro trimestre de contração da economia alemã. A queda do PIB foi de 0,6% na comparação anual.
O dado mais aguardado desta sexta, porém, é o Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Tido como referência para a política monetária do Federal Reserve (Fed), o PCE divulgado hoje será referente ao mês de junho e deverá apresentar alta de 0,2% em seus núcleos frente ao mês anterior, segundo o consenso de mercado. No acumulado de 12 meses, a projeção é de um leve recuo do núcleo do PCE de 4,6% para 4,2%. O número cheio do PCE deverá mostrar uma queda de 3,8% para 3,2% na comparação anual, de acordo com o consenso.
A meta do Fed é reduzir o indicador para próximo dos 2%. Números mais fortes que o esperado nessa frente, portanto, tendem a aumentar as preocupações sobre a necessidade de novas altas de juros na economia americana -- o que poderia se traduzir em maior aversão ao risco no mercado.
Dados da inflação brasileira também deverão seguir no radar de investidores nesta sexta, com a divulgação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de julho. A expectativa é de que o indicador aponte para uma deflação de 0,71%. Se confirmada a projeção, julho será o quarto mês seguido de deflação do IGP-M. O índice, vale lembrar, é mais sensível à variação cambial e a preços no atacado em comparação ao Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).
Ainda nesta sexta será divulgada a taxa de desemprego brasileira referente ao mês de junho. A projeção de economistas para a divulgação é de uma leve queda da taxa de 8,3% para 8,2%.
Investidores também deverão repercutir no pregão desta sexta os últimos balanços. O mais relevante da noite passada foi o da Vale (VALE3). A mineradora, maior empresa listada na bolsa brasileira, apresentou lucro líquido de US$ 892 milhões no período, 78% a menos que o registrado no mesmo trimestre do ano passado. A queda foi puxada pela desvalorização do minério de ferro no exterior. As ADRs da Vale operam em leve queda nesta manhã, estendendo as perdas da véspera.