Invest

Payroll, Fed e impactos das tarifas de Trump: o que move o mercado

Na agenda local, o destaque é a balança comercial de março, que será divulgada às 15h

Publicado em 4 de abril de 2025 às 08h12.

Última atualização em 4 de abril de 2025 às 09h06.

Os mercados globais começam esta sexta-feira, 4, atentos à divulgação do payroll nos Estados Unidos (9h30). Os analistas preveem a criação de 137 mil vagas em março, ante 151 mil em fevereiro, com taxa de desemprego estável em 4,1%.

Além dos dados de emprego, falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) devem influenciar o sentimento dos investidores. Após declarações divergentes na véspera, que ampliaram a incerteza sobre a trajetória da política monetária, hoje discursam Michael Barr (13h) e Christopher Waller (13h45). Já o presidente do Fed, Jerome Powell, fala às 12h25.

Na agenda local, o destaque é a balança comercial de março (15h), após o alerta da semana passada com a queda das exportações. A previsão é de superávit de US$ 7,2 bilhões. Mais cedo, sai o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março (8h), com expectativa de deflação de 0,52%.

No campo político, o ministro Fernando Haddad se reúne com o presidente da CVM, João Pedro Nascimento (11h), e mais tarde (15h) com o presidente da Fiesp, Josué Gomes.

O anúncio recente da China, de impor uma tarifa de 34% sobre todas as importações dos Estados Unidos, causou forte reação nos mercados globais.

A situação gerou um colapso generalizado nos mercados: o petróleo sofreu uma queda de mais de 6%, os futuros de Nova York registraram fortes perdas, e as bolsas europeias enfrentaram desvalorizações superiores a 5%, com destaque para a Alemanha. A procura por ativos mais seguros levou a uma valorização do ouro na Comex.

O índice de volatilidade VIX, conhecido como o "índice do medo", disparou para 38,59 pontos, marcando um aumento de 28,55%.

Mercados internacionais

A guerra comercial segue no foco. As bolsas internacionais derretem nesta sexta-feira, 4, refletindo o impacto das novas tarifas comerciais anunciadas pelo governo dos EUA e a retaliação da China.

A bolsa do Japão, Nikkei 225, caiu 2,75%. Na Austrália, a bolsa S&P/ASX 200 caiu 2,44%. Na Coreia do Sul, a bolsa Kospi recuou 0,86%, enquanto o índice de small caps Kosdaq subiu 0,57%. A instabilidade no país foi agravada pela decisão da Corte Constitucional de manter o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, afastando-o definitivamente do cargo. 

Os mercados da China e de Hong Kong permaneceram fechados devido a um feriado local.

Na Europa, o índice Stoxx 600 recuava 4,2% por volta das 11h30 (horário de Londres), enquanto o setor bancário desabava quase 10%, ampliando a perda de 5,53% registrada na quinta-feira.

Em Wall Street, nesta manhã os futuros do Dow Jones caíam 2,3%, enquanto os do S&P 500 e do Nasdaq 100 recuavam 2,2% e 2,4%, respectivamente.

O governo chinês anunciou nesta sexta-feira tarifas de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA. A escalada da disputa comercial pressionou ações de bancos americanos, com Morgan Stanley caindo 5%, Goldman Sachs perdendo 4,5% e JPMorgan Chase e Citigroup recuando mais de 4%. Empresas com grande exposição ao mercado chinês, como Tesla e Apple, também foram impactadas, registrando quedas de 4,6% e 3,5%, respectivamente.

Acompanhe tudo sobre:AçõesEstados Unidos (EUA)PayrollChinaTarifas

Mais de Invest

Bolsas globais recuam após novas ameaças tarifárias de Trump

Campanha da American Eagle com Sydney Sweeney não vai salvar empresa das tarifas de Trump, diz BofA

Trump anuncia demissão de diretora do Fed; caso pode parar na Suprema Corte

Preços do petróleo sobem com ameaça de interrupção do fornecimento russo