Investidores brasileiros devem ficar de olho em votações de pautas econômicas importantes na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira, reuniu no domingo, 2, líderes partidários em sua residência oficial para articular um esforço concentrado.

O plenário deve votar nesta segunda-feira a PL do voto de qualidade no Carf e analisar o texto da reforma tributária. A avaliação das alterações realizadas pelo Senado no arcabouço fiscal também será votada até sexta-feira.

Boletim Focus

O mercado também deve reagir aos dados do Boletim Focus, que serão divulgados na manhã desta segunda-feira. Essa será a primeira pesquisa após a divulgação da Ata do Copom que mostrou uma perspectiva de queda de juros para a próxima reunião, e o anúncio do Ministério da Fazenda sobre a mudança no regime de metas de inflação.

Bolsas internacionais

As bolsas europeias sobem nesta segunda-feira, após encerrar o primeiro semestre deste ano com alta de 8,8%. Os dados da inflação da zona do euro abaixo do esperado animaram os investidores do velho continente, mas o aumento contínuo do núcleo do índice continua preocupando. A taxa segue bem acima da meta do Banco Central Europeu de 2%.

Após um primeiro semestre de recordes positivos, -- Nasdaq teve o melhor primeiro semestre desde 1983 e o S&P500 o melhor resultado para o período desde 2019 -- os futuros americanos operam sem um sinal definido nesta manhã. Os futuros do S&P 500 e Nasdaq sobem, enquanto do Dow Jones cai.

Os investidores americanos devem reagir aos números de entrega e produção da Tesla, divulgados no domingo, e que vieram acima da expectativa. Com o feriado da independência, as bolsas dos Estados Unidos vão operar somente meio período.

Atividade industrial da China

Na Ásia, as bolsas subiram nesta segunda. O índice de Hong Kong avançou mais de 2% e a bolsa japonesa teve alta de 1,7%, e teve maior alta em 33 anos. O sinal positivo dos investidores aconteceu apesar do índice de atividade industrial da China apresentar crescimento mais lento em junho.

O índice de gerentes de compras de manufatura da Caixin/S&P Global caiu de 50,9 em maio para 50,5 em junho. Economistas esperavam que a leitura chegasse a 50,2 em junho. A marca de 50 pontos separa a expansão da contração.

Desempenho das bolsas às 7h10 (de Brasília):

• Dow Jones futuro (Nova York): -0,18%
• S&P 500 futuro (Nova York): + 0,02%
• Nasdaq futuro (Nova York): + 0,22%
• FTSE 100 (Londres): + 0,25%
• DAX (Frankfurt): + 0,06
• CAC 40 (Paris): +0,07%
• Hang Seng (Hong Kong)*: + 2,06

Último pregão da Bolsa

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, 30, contrariando as altas do mercado internacional e ofuscando o otimismo com a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN). O tom negativo foi puxado pelas ações da Petrobras, que caíram 5%, após anunciar redução nos preços dos combustíveis. Apesar da queda, o principal índice da B3 teve seu melhor primeiro trimestre desde 2019, subindo 7,61% no período.

Dólar na sexta-feira

O dólar fechou com queda de 1,19% a R$4,789, com indicadores econômicos favoráveis nos Estados Unidos, reforçando a expectativa de uma política de juros mais restritiva para conter a inflação

Que horas abre a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.