Mercados

Para Soros, sem autoridade econômica europeia mercado sempre desafiará o euro

Segundo o investidor, o Banco Central Europeu se limita a resolver os problemas de liquidez sem enfrentar as questões de solvência dos Estados

George Soros: "a zona euro, tal como está construída, não tem autoridade orçamentária e fiscal" (Getty Images/Alex Wong)

George Soros: "a zona euro, tal como está construída, não tem autoridade orçamentária e fiscal" (Getty Images/Alex Wong)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 12h52.

Paris - O mercado continuará pensando que "pode ganhar" contra a moeda única europeia se não for instaurada uma autoridade orçamentária e fiscal para a zona euro, afirmou o bilionário especulador americano Georges Soros em uma entrevista ao jornal Le Monde.

"A zona euro, tal como está construída, não tem autoridade orçamentária e fiscal. Enquanto esta autoridade não existir, o mercado pensará que pode ganhar", declarou Soros.

"Tem diante dele o BCE (Banco Central Europeu). Mas seu poder se limita a resolver os problemas de liquidez para tornar fluído os mercados sem enfrentar os problemas de solvência dos Estados", completou o investidor, para quem os eurobônus são "a última solução".

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, apresentaram na terça-feira a proposta de formação de um governo econômico para os 17 países membros da zona do euro. Mas consideraram que a integração europeia ainda não está bastante avançada para permitir a criação do eurobônus, destinados a substituir os bônus do Tesouro emitidos pelos Estados membros.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEmpresáriosEuropageorge-sorosgrandes-investidoresUnião Europeia

Mais de Mercados

Dividendos: As empresas que mais pagaram proventos no ano e 3 recomendações para o restante de 2025

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, aconselha Trump: 'Pare de discutir com Powell sobre juros'

Banco do Brasil promove trocas nas lideranças de cinco empresas do conglomerado

Bolsas globais superam desempenho dos EUA nos primeiros seis meses do governo Trump