Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank: fintech completou dez anos de mercado (Nubank/Divulgação)
Repórter de Invest
Publicado em 18 de maio de 2023 às 15h19.
Última atualização em 18 de maio de 2023 às 16h12.
O Nubank, maior fintech da América Latina, vê no México um mercado com potencial de crescimento maior que seu país natal, o Brasil. “É um mercado que tem tudo para ser mais relevante que o brasileiro para o Nubank”, afirmou a cofundadora e CGO do Nubank, Cristina Junqueira.
O vizinho latino-americano é o próximo alvo de expansão do Nubank, que completou dez anos na última semana. A fintech já oferecia o serviço de cartão de crédito no país para 3,2 milhões de clientes e, no início de maio, acelerou a expansão no país com o lançamento da conta digital. Em duas semanas de lançamento, foram mais de 500 mil contas abertas.
“É um fenômeno. Todas as nossas métricas no México são melhores que as do Brasil [na época de lançamento dos mesmos produtos]”, disse Junqueira, em evento realizado nesta quinta-feira, 18, para marcar a primeira década do Nubank.
A tese da fintech é que de que o sistema financeiro mexicano esteja pelo menos dez anos atrás do brasileiro em desenvolvimento, o que abre um potencial de disrupção. “Temos a oportunidade de ter um papel ainda maior na inclusão financeira porque a penetração dos serviços financeiros no México é muito mais baixa que no Brasil. Quase metade da nossa base de clientes não tinha cartão de crédito [antes do Nubank]”, avaliou.
Por enquanto, o Brasil continua sendo o principal mercado do Nubank, com uma base de 76 milhões de clientes, o que representa 46% da população adulta do País. A Colômbia é o foco de atuação mais jovem, onde o Nubank tem 636 mil clientes.
Em seu último resultado, o Nubank mostrou um lucro líquido de US$ 141,8 milhões. O balanço do primeiro trimestre deste ano foi seu terceiro resultado consecutivo no azul.
O resultado ficou acima do consenso das expectativas dos analistas, que esperavam um lucro de US$ 67 milhões.
A rentabilidade do Nubank, medida pelo retorno sobre patrimônio líquido (ROE), ficou em 11,4%. Considerando apenas a operação brasileira, a mais madura do negócio, o Nu entregou um ROE de 37%, próximo do patamar de 40% registrado no trimestre anterior.
Veja também