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Para investidores, pornografia é tabu maior que armas

Quase 40% dos fundos de crédito globais excluiriam o entretenimento adulto quando usam a triagem negativa

Pornografia: armas de fogo, energia suja e jogos de azar podem ser mais aceitáveis do que em entretenimento adulto (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Pornografia: armas de fogo, energia suja e jogos de azar podem ser mais aceitáveis do que em entretenimento adulto (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 15 de junho de 2019 às 14h03.

Última atualização em 15 de junho de 2019 às 14h03.

(Bloomberg) -- Quando os gestores de carteira tentam administrar um portfólio ético baseado em evitar setores controversos, eles podem descobrir que investir em armas de fogo, energia suja e jogos de azar pode ser mais aceitável do que em entretenimento adulto.

Quase 40% dos fundos de crédito globais excluiriam o entretenimento adulto quando usam a triagem negativa, de acordo com nota do UBS de analistas liderados por Stephen Caprio. Enquanto isso, menos de 30% dos fundos evitariam as empresas de combustíveis fósseis ou de jogos de azar quando aplicado o mesmo método.

A triagem negativa, ou a exclusão de certos setores e empresas, é de longe o método mais difundido para aplicar critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) em fundos de crédito, segundo o UBS. Um terço dos gestores de investimento do Reino Unido e cerca de 43% dos gestores da UE preferem triagens negativas em vez de selecionar títulos com base no desempenho de ESG em relação aos pares.

Esta não é a primeira vez que analistas assinalam falhas na seleção com base em ESG. No mês passado, o estrategista de crédito do Citi, Chris Chapman, disse que os sistemas de pontuação comuns tendem a favorecer as empresas com políticas claras, mesmo que essas empresas operem no negócio de tabaco ou petróleo e gás.

À medida que cresce o interesse no investimento com atenção às questões ligadas ao ESG, os órgãos do setor têm como objetivo fornecer educação sobre o assunto, como o lançamento no final deste ano pela CFA Society of the U.K. de um certificado sobre investimentos éticos.

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