Mercados

Para Fitch, protestos forçam Brasil a otimizar gastos

"A Fitch observa, porém, que medidas imediatas relacionadas a refinanciamento de dívida são improváveis", diz a agência no texto


	A Fitch atualmente atribui ratings a cinco Estados brasileiros, inclusive São Paulo, classificado como BBB
 (Miguel Medina/AFP)

A Fitch atualmente atribui ratings a cinco Estados brasileiros, inclusive São Paulo, classificado como BBB (Miguel Medina/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 15h13.

São Paulo - Os recentes protestos no Brasil devem pressionar os governos locais a buscar reformas estruturais e também a renegociar dívidas com a administração federal.

A avaliação consta de relatório distribuído nesta sexta-feira, 28, pela agência de classificação de risco Fitch. "A Fitch observa, porém, que medidas imediatas relacionadas a refinanciamento de dívida são improváveis", diz a agência no texto.

A Fitch afirma que a redução nas tarifas do transporte coletivo vai forçar os governos a fortalecer sua posição orçamentária, otimizando gastos.

Dentre as discussões federativas mais importantes em curso, a Fitch destaca a reforma do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), novas regras para o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e a flexibilidade das condições da dívida junto ao governo federal.

A Fitch atualmente atribui ratings a cinco Estados brasileiros, inclusive São Paulo, classificado como BBB. A agência aponta que a União é o principal credor dos governo estaduais, respondendo por aproximadamente 75% do saldo devedor.

"Após o cancelamento generalizado de aumentos das tarifas de transporte, as manifestações públicas buscam agora pressionar, em níveis federal, estadual e municipal, por melhoras nos serviços públicos, independente da orientação política dos governos", aponta o relatório.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingEmpresasFitchMercado financeiroOrçamento federalProtestosProtestos no BrasilRating

Mais de Mercados

Mercado intensifica aposta em alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom

Ação da Agrogalaxy desaba 25% após pedido de RJ e vale menos de um real

Ibovespa fecha em queda, apesar de rali pós-Fed no exterior; Nasdaq sobe mais de 2%

Reação ao Fomc e Copom, decisão de juros na Inglaterra e arrecadação federal: o que move o mercado