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Par Corretora estima que IPO pode movimentar até R$ 567 mi

A oferta está marcada para ocorrer na próxima janela, em junho, e seu sucesso é tido como um "abre-alas" para outras ofertas


	Operadores na Bovespa: serão ofertadas, por meio da instrução 400, 44.444.445 ações ordinárias, em operação secundária
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: serão ofertadas, por meio da instrução 400, 44.444.445 ações ordinárias, em operação secundária (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 09h27.

São Paulo - A Par Corretora, da Caixa Seguros, irá captar até R$ 567 milhões em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), conforme antecipado nesta terça-feira, 12, pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, considerando o teto do intervalo de preços sugerido para a ação, de R$ 11,25 a R$ 11,60 e também o lote suplementar.

A oferta está marcada para ocorrer na próxima janela, em junho, e seu sucesso é tido como um "abre-alas" para outras ofertas, em especial da Caixa Seguros, esperada para vir a mercado no terceiro trimestre após o fim das férias do Hemisfério Norte.

Segundo informações do prospecto divulgado nesta quarta-feira, 13, no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a oferta será alavancada pela Gávea Investimentos, que entrará no IPO com R$ 140 milhões.

O acordo de acionistas com a Gávea foi firmado em 13 de maio.

De acordo com o documento, está entre as condições para a realização da oferta o preço do papel ficar situado entre R$ 11,25 a R$ 11,60, ou seja, "na hipótese da precificação da Oferta fora da faixa de preço indicada neste Prospecto Preliminar, a Gávea não terá a obrigação de realizar o investimento privado, mas terá o direito, se assim desejar, de adquirir ações no valor equivalente à até R$ 140 milhões, desconsiderada eventual fração de ação".

Por conta desse acordo, a Gávea não participará do procedimento de bookbuilding, de coleta de intenção de investimento.

O último IPO realizado na bolsa brasileira foi a da companhia do setor veterinário Ourofino, que levantou mais de R$ 400 milhões em uma oferta entre o primeiro e segundo turno das eleições. Mesmo em momento de extrema volatilidade, a companhia conseguiu ter sucesso em sua oferta.

A exemplo do molde desenhado para o IPO da Par Corretora a oferta da Ourofino foi ancorada pelo fundo de private equity General Atlantic, que ingressou com R$ 200 milhões.

A General Atlantic já havia, em 2013, ancorado a oferta das Smiles, também apontada como um caso de sucesso no mercado.

A Par Corretora listará suas ações no Novo Mercado, conforme o prospecto. Serão ofertadas, por meio da instrução 400, 44.444.445 ações ordinárias, em operação secundária.

A oferta poderá ser acrescida de um lote suplementar, correspondente a 10% do lote principal. Como a colocação é secundária, o capital movimentado não irá para o caixa da empresa.

O roadshow com investidores começa nesta quarta-feira e vai até o dia 02 de junho, dia em que será fixado e divulgado o preço por ação no âmbito da oferta. O início da negociação das ações na BM&FBovespa está programada para ocorrer no dia 05 de junho.

Os coordenadores da oferta da Par Corretora são o Bradesco BBI, como líder, JPMorgan, BTG Pactual, Credit Suisse e Itaú BBA, informa o documento.

Os acionistas vendedores serão a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, a Évora Fundo de Investimento em Participações e a Algarve.

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