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Papéis da Petrobras têm pior desempenho do dia

Além de corte de recomendação pelo JPMorgan, ações sofrem com incertezas em relação à capitalização

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2010 às 18h06.

São Paulo - As incertezas em relação aos moldes da capitalização da Petrobras (PETR3) (PETR4) continuam a afetar o desempenho das ações da estatal na bolsa. Os papéis da empresas encerram a sessão desta segunda-feira com o destaque negativo do Ibovespa - principal índice de ações da BM&FBovespa. As ações ordinárias fecharam com baixa de 4,19%, vendidas a 35,4 reais. As preferenciais caíram 3,96%, negociadas a 31,5 reais.

Em nota publicada na sexta-feira (30), a estatal disse que irá manter a meta de julho de 2010 para capitalizar a empresa para explorar os recursos do pré-sal. A ideia é realizar uma oferta de ações com prioridade para os atuais acionistas e que o valor de referência para os barris será realizada por meio do relatório da consultoria Degolyer & MacNaughton. Assim, a Petrobras deverá realizar uma revisão dos preços quando o laudo da ANP (Agência Nacional do Petróleo) estiver concluído.

"A Petrobras deu a possibilidade de realizar uma oferta de ações com o laudo que já tem e depois fazer uma revisão. A programação inicial era fazer uma com o laudo definitivo da ANP e da Petrobras e a possibilidade de até um terceiro laudo por minoritários", avalia o analista do BB Investimentos, Nelson Rodrigues de Matos. A capitalização pode chegar a até 60 bilhões de dólares, na maior operação já realizada por uma empresa.

O valor, indicado pelo diretor da empresa Almir Barbassa em entrevista ao Estado de S. Paulo, não foi confirmado. Segundo declaração da companhia feita nesta segunda-feira, os números divulgados na imprensa tiveram objetivo de "facilitar o entendimento do público e constituem meras hipóteses usualmente formuladas pelos executivos, que neste caso foram utilizadas apenas para exemplificar as orientações do conselho de administração divulgadas em 30 de abril".

Em nota, a analista da Itaú Corretora Paula Kovarsky, analisa que o fato de a companhia ter escolhido a via da oferta pública é bastante positivo, "porque potencialmente reduz o risco de overhang (excesso de ações no mercado)", explica. Outro ponto que também afetou as ações no pregão de hoje foi o corte na recomendação dos papéis da Petrobras realizado pelo banco de investimentos JPMorgan. Os analistas reduziram a indicação de overweight (posicionamento acima da média do mercado) para neutro. Além disso, o preço-alvo para as ações negociadas em Nova York (ADRs) caiu de 57 dólares para 48 dólares.

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