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PANORAMA3-Sem EUA, mercados andam de lado com volume reduzido

SÃO PAULO, 25 de novembro (Reuters) - Sem a referência dos mercados norte-americanos, as demais praças financeiras globais registraram modestas oscilações nesta quinta-feira, com alguns indicadores econômicos ocupando o foco. O feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos diminuiu a ousadia de investidores em montar grandes posições, em meio ao foco nos […]

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 17h46.

SÃO PAULO, 25 de novembro (Reuters) - Sem a referência dos
mercados norte-americanos, as demais praças financeiras globais
registraram modestas oscilações nesta quinta-feira, com alguns
indicadores econômicos ocupando o foco.

O feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos
diminuiu a ousadia de investidores em montar grandes posições,
em meio ao foco nos problemas na Europa e a eventuais tensões
geopolíticas na Península Coreana, que por sinal levaram à
renúncia do ministro de Defesa sul-coreano, Lee Myung-bak.

As bolsas asiáticos subiram, na cola de perspectivas
positivas para a temporada de vendas de final de ano nos EUA. O
índice japonês Nikkei ganhou 0,5 por cento, enquanto a
bolsa de Xangai valorizou-se em 1,34 por cento.

Pegando carona na apreciação dos metais e de ações de
construtoras, o principal índice acionário europeu
fechou em alta de 0,47 por cento. Mas o setor bancário
pressionou, em meio temores de que a crise irlandesa se espalhe
a outras nações periféricas da zona do euro.

Prova disso é que o spread entre os rendimentos dos títulos
públicos de Portugal e Espanha --nações vistas como os próximos
alvos de socorro-- voltava a se ampliar na comparação com os
yields dos papéis do governo alemão.

Dias seguidos de perdas, contudo, abriam espaço para alguma
recuperação do euro, amparada ainda pela demanda de
exportadores. A alta da moeda única favorecia a baixa do dólar
ante uma cesta de divisas , movimento que se estendeu,
embora mais timidamente, às operações locais.

Sem Nova York, a Bovespa operou de lado durante todo o dia,
terminando em baixa diante da fraqueza da blue chip Petrobras
. Entre os destaques positivos, vale citar
as ações da Klabin , com o mercado reagindo bem à
troca do diretor-geral da empresa, cargo a ser assumido por
Fabio Schvartsman.

Alheios à lateralidade dos demais ativos domésticos, os DIs
mantiveram a média de volume dos últimos dias, com as projeções
mais curtas em alta após a divulgação de que a taxa de
desemprego no Brasil recuou à mínima histórica em outubro
[ID:nN25268146].

O dado endossou apostas de que o Banco Central será
obrigado a elevar a Selic no início do próximo ano, já sob a
presidência de Alexandre Tombini.

Na agenda doméstica, o Tesouro Nacional informou que a
dívida pública federal interna em títulos cresceu 1,19 por
cento em outubro, para 1,553 trilhão de reais, com queda na
participação dos estrangeiros [ID:nN25269430].

Também o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a
regulamentação dos serviços de cartões de crédito oferecidos
por bancos. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou
novas regras para ofertas públicas aquisição de ações
[ID:nN25280343] [ID:nN25284805].

Veja a variação dos principais mercados nesta
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,722 real, com oscilação negativa de
0,06 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 0,38 por cento, para 69.361 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 2,5 bilhões de reais.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,88 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,86 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3365 dólar,
ante 1,3329 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia a 138,188 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,385 por cento ao ano.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)

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