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Renúncia de Mubarak alivia bolsas

Mubarak passou o poder ao Exército nesta sexta-feira, encerrando três décadas de governo autocrático

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 20h01.

São Paulo - A renúncia do presidente egípcio, Hosni Mubarak, garantiu o bom humor dos mercados internacionais nesta sexta-feira, com alta das bolsas em São Paulo e em Nova York.

A recuperação na Bovespa foi intensa a ponto de permitir que o principal índice encerrasse a semana com alta acumulada de 0,7 por cento. Há apenas dois dias, o Ibovespa teve o pior pregão do ano, com queda de mais de 2 por cento, e cravava os menores níveis desde agosto do ano passado.

Mubarak passou o poder ao Exército nesta sexta-feira, encerrando três décadas de governo autocrático após semanas de protestos pedindo sua saída. A notícia levou alívio aos investidores, que temiam um alastramento da instabilidade a outros países do Oriente Médio. [ID:nB666852]

"Havia a preocupação de que isso provocasse um aumento do preço das commodities e uma corrida para o dólar, e agora parte dessa incerteza foi eliminada", disse Matthew Keator, sócio do Keator Group, nos Estados Unidos.

O restante do mercado no Brasil teve variações mais modestas. No câmbio, o dólar caiu 0,24 por cento, em uma sessão de volume relativamente pequeno. O Banco Central interviu duas vezes no mercado à vista mas, diferentemente das últimas duas sextas-feiras, não anunciou leilões no mercado a termo.

Já o mercado de juros futuros ficou praticamente inalterado. O único dado doméstico desta sessão, sobre emprego industrial, mostrou oscilação negativa de 0,1 por cento do emprego no setor em dezembro sobre novembro. [ID:nN11182436]

Na agenda internacional, a confiança do consumidor nos Estados Unidos aumentou para o maior patamar em oito meses, para 75,1 na leitura preliminar de fevereiro, segundo o índice Reuters - Universidade de Michigan. [ID:nN11157238]

Na próxima semana, a agenda externa traz dados sobre inflação na China, crescimento econômico da zona do euro e indicadores de inflação e vendas no varejo nos Estados Unidos, além da ata da última reunião do Federal Reserve. No Brasil, o destaque fica para o trâmite do salário mínimo no Congresso.

"Para Dilma, é fundamental aprovar a sua proposta", escreveu a equipe econômica do Banif Investment Bank. "A aprovação de um valor maior implicará em corte maior do orçamento, em relação ao qual haverá sérias dúvidas a respeito da sua viabilidade, e em aumento adicional da renda, em um momento em que a demanda doméstica precisa esfriar."

Veja como ficaram os principais mercados nesta sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou cotado a 1,667 real, em queda de 0,24 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa subiu 1,82 por cento, para 65.755 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 6,78 bilhão de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20>

O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 1,79 por cento, a 35.248 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 caía a 12,32 por cento ao ano ante 12,33 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3543 dólar, ante 1,3596 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, seguia estável a 133,688 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,955 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ>

O risco Brasil subia 6 pontos, para 177 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 8 pontos, a 260 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones <.DJI> subiu 0,36 por cento, a 12.273 pontos, o S&P 500 <.SPX> avançou 0,55 por cento, a 1.329 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> tinha valorização de 0,68 por cento, aos 2.809 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 1,15 dólares, ou 1,33 por cento, a 85,58 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia oferecendo rendimento de 3,634 por cento ante 3,702 por cento no fechamento anterior.

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