Mercados

Europa segue no foco e mantém cautela em mercados

São Paulo -  A expectativa antes da reunião entre autoridades européias manteve investidores na defensiva nesta segunda-feira, com o euro voltando a cair em meio a preocupações com uma crise de dívida no continente. Os ministros de Finanças do bloco de moeda única se reúnem no final desta tarde para discutir políticas de combate aos […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 18h14.

São Paulo -  A expectativa antes da reunião entre autoridades européias manteve investidores na defensiva nesta segunda-feira, com o euro voltando a cair em meio a preocupações com uma crise de dívida no continente.

Os ministros de Finanças do bloco de moeda única se reúnem no final desta tarde para discutir políticas de combate aos problemas de divida que tem atingido a região. Os mercados temem que desavenças internas atrapalhem o acerto de medidas para impedir o contágio da crise na periferia do bloco a economias maiores.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer que os países do Eurogroup aumentem um fundo de resgate no valor de 750 bilhões de euros e também que o Banco Central Europeu (BCE) eleve os volumes de suas compras de títulos.

Mas a Alemanha, maior credora da União Europeia (UE), rechaçou qualquer decisão neste sentido, rejeitando também um convite de dois veteranos ministros de Finanças da região para juntar-se ao esforço de oferecer garantias a bônus da zona euro [ID:nN06269918].

O euro era novamente golpeado e recuava ante o dólar, o que motivava a alta da moeda norte-americana ante uma cesta de divisas <.DXY>.

A tensão na Europa tirava vigor das bolsas de valores em Nova York, que operavam praticamente estáveis a poucos minutos do fechamento. Na bolsa brasileira, o setor financeiro conduziu o Ibovespa a uma leve baixa, ofuscando o bom desempenho de empresas ligadas a matérias-primas, que acompanharam a valorização das commodities no exterior.

Investidores do mercado acionário europeu, no entanto, preferiram se concentrar na possibilidade de mais injeção de liquidez por parte do Federal Reserve, o que permitiu ao FTSEurofirst 300 <.FTEU3> fechar em leve alta.

O chairman do Fed, Ben Bernanke, disse na véspera que o banco central norte-americano pode adquirir mais Treasuries do que os 600 bilhões de dólares inicialmente previstos em seu programa de compra de ativos, caso a economia dos EUA não responda devidamente aos estímulos adotados.

Tal perspectiva favoreceu a sexta baixa seguida do dólar ante o real, em meio a fluxos pontuais. E o mercado deve ficar atento a perspectivas de mais entradas no curto prazo, após o BTG Pactual [BTG.UL] anunciar que fechou acordo para venda de 18,65 por cento do capital por 1,8 bilhão de dólares a um consórcio de investidores internacionais.

No mercado de renda fixa, a maioria das projeções de juros subiu, diante de ajustes após a forte queda de sexta-feira. Também colaborou para o movimento a nova piora nas estimativas de inflação para 2010, de acordo com o relatório Focus [ID:nN06220771].

Da fraca agenda domestica, destaque para a venda de 328,5 mil veículos em novembro, crescimento de 8,3 por cento sobre outubro, segundo dados da Anfavea. A entidade previu ainda avanço de 5,2 por cento nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no país em 2011, para 3,63 milhões de unidades [ID:nN06215356].

Veja a variação dos principais mercados nesta segunda-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,682 real, em queda de 0,30 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa recuou 0,31 por cento, para 69.551 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 4,65 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20>

O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 0,26 por cento, a 35.672 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

O DI janeiro de 2012 apontava 12,04 por cento ao ano, ante 12,05 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3314 dólar, ante 1,3414 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 137,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,466 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ>

O risco Brasil subia 2 pontos, para 173 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 1 ponto, a 242 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones <.DJI> tinha estabilidade, a 11.382 pontos; o S&P 500 <.SPX> também se mantinha no zero a zero, aos 1.224 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> subia 0,22 por cento, a 2.597 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo subiu 0,19 dólar, ou 0,21 por cento, a 89,38 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, tinha alta, oferecendo rendimento de 2,944 por cento ante 3,007 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código )

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Boeing inicia demissões para reduzir 10% dos funcionários

Essa small cap “não vale nada” e pode triplicar de preço na bolsa, diz Christian Keleti

Morgan Stanley rebaixa ações do Brasil e alerta sobre ‘sufoco’ no fiscal

Petrobras: investimentos totais serão de US$ 111 bi até 2029 e dividendos vão começar em US$ 45 bi