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Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 17h51.
SÃO PAULO, 16 de dezembro (Reuters) - Dados macroeconômicos
positivos nos Estados Unidos ofereceram algum bom humor às
bolsas de valores internacionais, em mais um dia no qual a
Bovespa seguiu na contramão externa.
A saída de investidores estrangeiros pesou sobre o mercado
de ações doméstico, que sucumbiu ao desempenho ruim do setor de
construção, após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom)
sinalizar que o crédito local pode sofrer algum recuo.
O documento, aliás, dividiu os agentes quanto à
possibilidade de o Banco Central elevar a Selic já em
janeiro.
Na ata, o BC avaliou que o atual balanço de riscos está
menos favorável a um cenário inflacionário benigno, mas
destacou que pretende estudar os efeitos das medidas de aperto
monetário recém-implantadas --como aumento do depósito
compulsório e encarecimento do crédito de longo prazo à pessoa
física [ID:nN16198828] [ID:nN16207781].
A indefinição se refletiu no segmento de DI, em que a
maioria das taxas mostrou estabilidade. Ainda assim, alguns
vencimentos curtos e intermediários recuaram, diante da leitura
de que a autoridade monetária pode adiar o início do ciclo de
aperto.
Os players monitoraram ainda dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), segundo os quais o Brasil
gerou 138.247 vagas formais de trabalho em novembro, segundo
melhor marca para o mês [ID:nN16203491].
Ainda em âmbito doméstico, o dólar fechou praticamente
estável frente ao real, abandonando os ganhos de mais cedo
conforme relatórios macroeconômicos positivos nos EUA elevaram
o apetite por risco nos mercados externos.
Entre os números, o Federal Reserve de Filadélfia disse que
o índice de condições empresariais da região Meio-Atlântico dos
Estados Unidos subiu para 24,3 em dezembro, ante 22,5 em
novembro. É a maior leitura desde abril de 2005.
Os pedidos de auxílio-desemprego no país recuaram na semana
passada, enquanto o início das construções em outubro foi
revisado para cima, sugerindo que a atividade econômica deve
acelerar no quarto trimestre.
Assim, as bolsas de valores em Nova York subiam, na cola
também da alta nas ações da FedEx, depois que a companhia
ofereceu uma previsão para o ano que superou a estimativa de
Wall Street.
As atenções também se concentraram na reunião entre líderes
europeus nesta quinta e sexta-feiras, na qual as autoridades
decidiram fazer mudanças mínimas no modo como os governos da
União Europeia (UE) estudam a criação de um mecanismo
permanente de socorro, previsto para a metade de 2013.
Veja a variação dos principais mercados nesta
quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou a 1,702 real, com oscilação positiva de
0,06 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa caiu 0,83 por cento, para 67.306 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 6,79 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros subia 0,18 por
cento, a 34.938 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,81 por cento ao ano, ante
11,87 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3226 dólar, ante
1,3211 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía a 134,688 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,966 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil avançava 10 pontos, para 186 pontos-básicos.
O EMBI+ tinha alta de 13 pontos, a 244 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
gnahava 0,33 por cento, a 11.494 pontos; o S&P 500 subia
0,51 por cento, a 1.241 pontos, e o Nasdaq avançava
0,71 por cento, a 2.635 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
recuou 0,92 dólar, ou 1,04 por cento, a 87,70 dólares por
barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, registrava alta, oferecendo rendimento
de 3,4360 por cento ante 3,538 por cento no fechamento
anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por José de Castro; Edição de Isabel Versiani)