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PANORAMA3-EUA aliviam mercados em dia de definição no governo

SÃO PAULO, 24 de novembro (Reuters) - Dados macroeconômicos positivos nos Estados Unidos proporcionaram alívio às praças financeiras nesta quarta-feira, que contou ainda com o anúncio oficial da equipe econômica do próximo governo no Brasil. À tarde, a presidente eleita Dilma Rousseff anunciou o nome de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Alexandre Tombini como […]

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 17h27.

SÃO PAULO, 24 de novembro (Reuters) - Dados macroeconômicos
positivos nos Estados Unidos proporcionaram alívio às praças
financeiras nesta quarta-feira, que contou ainda com o anúncio
oficial da equipe econômica do próximo governo no Brasil.

À tarde, a presidente eleita Dilma Rousseff anunciou o nome
de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Alexandre Tombini
como presidente do Banco Central e Miriam Belchior para o
Ministério do Planejamento.

Em coletiva após a confirmação das indicações, Mantega
disse que o governo de Dilma reduzirá gastos públicos e
reafirmou o compromisso de manter altas taxas de crescimento
com a inflação controlada.

Já Tombini afirmou que a automonia do BC será "total",
acrescentando que as metas de inflação têm funcionado bem no
país. A confirmação do atual presidente de Normas da autoridade
monetária serviu de argumento para alívio na inclinação da
curva futura de juros.

Economistas avaliaram que a tríade nomeada por Dilma indica
que a presidente deve manter as linhas gerais de políticas
anteriores. Contudo, os profissionais esperam provas práticas
de comprometimento do governo com o regime de metas, a
autonomia do BC e o controle de gastos [ID:nN24231886].

No exterior, a queda para a mínima em mais de dois anos nos
pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA na semana
passada, bem como a alta na confiança do consumidor do país ao
pico desde junho, alimentaram esperanças de uma recuperação
mais sólida da economia norte-americana [ID:nN24219086].

Ancoradas em tais números, as bolsas de valores em Nova
York subiam mais de 1 por cento no final da tarde, favorecendo
a valorização da Bovespa, que teve suporte ainda no bom
desempenho das matérias-primas .

O maior apetite por risco era espelhado pela queda superior
a 7 por cento no índice de volatilidade VIX , enquanto as
ações globais se apreciavam .

O quadro positivo estimulou entradas de recursos no mercado
doméstico, conduzindo o dólar à primeira baixa ante o real em
três sessões. Frente a uma cesta de moedas , contudo, a
divisa subia, em meio ao recuo do euro ainda por temores com a
crise na Irlanda.

O anúncio de um plano de austeridade por parte de Dublin,
que pretende economizar 20 bilhões de dólares em quatro anos,
pouco fez para reduzir o temor de contágio dos problemas
irlandeses a outras nações periféricas da zona do euro
[ID:nN24229149].

Veja a variação dos principais mercados nesta
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,723 real, em queda de 0,69 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 2,47 por cento, para 69.629 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 6,7 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 2,8 por
cento, a 35.094 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,85 por cento ao ano, ante
11,83 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3325 dólar,
ante 1,3371 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava a 137,625 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,489 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 15 pontos, para 174 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 16 pontos, a 244 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
tinha alta de 1,37 por cento, a 11.187 pontos; o S&P 500
ganhava 1,43 por cento, a 1.197 pontos, e o Nasdaq
registrava avanço de 1,88 por cento, a 2.541 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subiu 2,61 dólares, ou 3,21 por cento, a 83,86 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 2,9176
por cento ante 2,782 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Vivian Pereira)

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