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Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 17h49.
SÃO PAULO, 3 de fevereiro (Reuters) - A instabilidade
política no Egito e o fôlego reduzido das bolsas
norte-americanas para cravar novas máximas manteve o mercado
com variações estreitas nesta quinta-feira.
O Ibovespa, que passou a maior parte do dia em queda,
conseguiu se recuperar no final da sessão e fechou com alta
discreta. Enquanto isso, em Nova York, os índices tinham ganhos
modestos no fim do pregão, com dificuldade para se distanciar
das máximas em cerca de dois anos e meio atingidas
recentemente.
A expectativa dos investidores é com os dados sobre o
emprego nos Estados Unidos, a serem divulgados na sexta-feira.
Em mais um indício de que os números mostrarão uma melhora
gradual do mercado de trabalho, a quantidade de pedidos de
auxílio-desemprego diminuiu em 42 mil na semana passada,
totalizando 415 mil com ajustes sazonais. [ID:nN03248162]
Em outro foco de atenção, o presidente egípcio, Hosni
Mubarak, disse que gostaria de renunciar depois de grandes
protestos públicos pedindo o fim de seus 30 anos de governo,
mas que teme o caos no país caso deixe o poder.
No mercado de câmbio, o dólar teve outro motivo para se
manter perto da estabilidade: a intervenção do Banco Central.
Como nas últimas semanas, operadores sinalizaram que a atuação
do governo inibe apostas mais firmes na queda do dólar, mesmo
com o intenso fluxo de capitais para o país.
No exterior, porém, o euro oscilou com mais força,
caindo mais de 1 por cento em relação ao dólar. O mercado
interpretou, a partir das declarações do presidente do Banco
Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, que ainda está
longe o início de um ciclo de alta de juros na região.
Trichet disse que a inflação atual não é uma ameaça à
estabilidade de preços no médio prazo. [ID:nN0352278]
Nos juros futuros, as taxas tiveram leve alta em uma sessão
de ajustes. No pregão anterior, elas haviam caído com a redução
surpreendente da produção industrial no país.
Veja como ficaram os principais mercados nesta
quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,670 real, em alta de 0,12 por cento
frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,11 por cento, para 66.674 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 6,64 bilhão de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros caíam 0,02 por
cento perto do fechamento, a 35.618 pontos.
JUROS
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 estava em 12,36 por
cento ao ano ante 12,34 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3635 dólar,
ante 1,3809 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía para 135,188 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,688 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 1 ponto, para 164 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 3 pontos, a 248 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
Perto do fechamento, o índice Dow Jones subia 0,27
por cento, a 12.074 pontos, o S&P 500 avançava 0,33 por
cento, a 1.308 pontos, e o Nasdaq tinha valorização de
0,28 por cento, aos 2.757 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 0,32
dólares, ou 0,35 por cento, a 90,54 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caiu, oferecendo rendimento de 3,55 por
cento ante 3,48 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Isabel Versiani)