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PANORAMA2-Emprego nos EUA, Petrobras e PIB elevam bolsas e juros

SÃO PAULO, 3 de setembro (Reuters) - O tom nos mercados acionários global era positivo nesta sexta-feira, refletindo um dado melhor que o esperado de postos de trabalho nos Estados Unidos e, no caso do Brasil, o detalhamento da oferta de ações da Petrobras. No mercado de juros futuros domésticos, o dia era de alta, […]

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2010 às 09h41.

SÃO PAULO, 3 de setembro (Reuters) - O tom nos mercados
acionários global era positivo nesta sexta-feira, refletindo um
dado melhor que o esperado de postos de trabalho nos Estados
Unidos e, no caso do Brasil, o detalhamento da oferta de ações
da Petrobras.

No mercado de juros futuros domésticos, o dia era de alta,
depois da divulgação de uma desaceleração menos acentuada do
crescimento econômico que o previsto, o que reforça o cenário
de retomada do aperto monetário em 2011.

Os Estados Unidos fecharam 54 mil empregos em agosto, ante
previsão do mercado de queda de 100 mil. O governo também
revisou os dados de junho e julho para mostrar 123 mil
demissões a menos que o divulgado inicialmente [ID:nN0356125].

A alta em Wall Street diminuiu um pouco após a divulgação
de outro dado, do setor de serviços, cujo índice caiu para 51,5
em agosto ante 54,3 em julho e previsão do mercado de 53,5
[ID:nN0396130]. Ainda assim, os ganhos estavam em torno de 0,7
por cento.

No Brasil, repercutia também o ganho de 2,54 por cento das
ações da Petrobras , que informou que planeja vender
2,27 bilhões de novas ações ordinárias e 1,59 bilhão de novas
ações preferenciais para financiar seu grande plano de
investimentos de 224 bilhões de dólares [ID:nN03267646].

A empresa disse também que pode vender lotes suplementar e
adicional com mais 564 milhões de ações preferenciais e
ordinárias, o que poderia levar o negócio a um valor estimado
em 128,3 bilhões de reais, levando em conta os preços de
fechamento das ações na quinta-feira.

Na agenda macroeconômica brasileira, o Produto Interno
Bruto (PIB) cresceu 1,2 por cento no segundo trimestre de 2010
ante o primeiro e 8,8 por cento sobre igual período do ano
passado, superando as estimativas do mercado de,
respectivamente, 0,7 e 8 por cento [ID:nN03268738]. No primeiro
semestre, o país cresceu 8,9 por cento, a maior taxa da série
histórica iniciada em 1996.

Analistas disseram que o dado não influencia a política
monetária neste ano, mantendo a previsão de que o ciclo de
aperto acabou, mas acreditam que pode reforçar as apostas
daqueles que preveem retomada da alta da Selic em 2011, o que
elevava as projeções de juros no mercado futuro
[ID:nN03112880].

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, avaliou
nesta sexta-feira que o crescimento no segundo trimestre
confirma o diagnóstico de que a economia brasileira "se desloca
para uma trajetória mais condizente com o equilíbrio de longo
prazo" [ID:nN0397909].

No mercado de dólar, o dólar caía pelo quarto dia, perto
dos menores níveis do ano, com a expectativa sobre a
capitalização da Petrobras. O mercado também avaliava o dado
melhor do mercado de trabalho norte-americano [ID:nN03271512].

Na agenda dos demais países, o destaque ficou para o setor
de serviços, com retomada na China e na Alemanha, mas
desaceleração na Grã-Bretanha e na Espanha [ID:nN03271339].

O índice de serviços da China subiu de 56,3 em julho para
57,6 em agosto. O dado da zona do euro foi de 55,9 em agosto,
ante 55,8 em julho.

Veja como estavam os principais mercados às 12h36 desta
sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,724 real, em baixa de 0,46 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subia 0,17 por cento, a 66.921 pontos. O volume
financeiro na bolsa era de 2,76 de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros tinha alta de 0,67
por cento, a 33.096 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,36 por cento ao ano, ante
11,31 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,2862 dólar,
ante 1,2828 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
subia para 137,125 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,881 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil recuava 10 pontos, para 210 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 9 pontos, a 274 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subia 0,65 por cento, a 10.386
pontos, o S&P 500 subia 0,73 por cento, a 1.098 pontos,
e o Nasdaq tinha alta de 0,85 por cento, aos 2.218
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
caía 1,50 dólar, a 73,52 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía 0,25 ponto, oferecendo rendimento
de 2,7169 por cento ante 2,627 por cento no fechamento
anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Silvio Cascione)

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