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Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 14h05.
SÃO PAULO - As preocupações com a crise de dívida na zona do euro estavam em segundo plano nesta terça-feira, abrindo espaço para maior apetite por risco nos mercados internacionais, que já contam com a referência dos EUA depois do feriado na véspera.
O dado que mostrou salto no sentimento econômico da Alemanha em janeiro [ID:nN18112296] e a demanda de fundos soberanos pelo euro contribuíam para a melhora no humor, com as bolsas europeias e a Bovespa em alta, enquanto o dólar voltava a cair frente ao real, ao euro e a uma cesta de moedas. Resultados corporativos e o setor de tecnologia pesavam as bolsas norte-americanas, cujos principais índices operavam sem tendência única, em torno da estabilidade.
A reunião dos ministros da zona do euro, que concentrou as atenções na segunda-feira, não resultou em aumento no fundo de resgate do bloco, com as autoridades preferindo adotar postura cautelosa enquanto monitoram a crise. Segundo os ministros, a relativa calmaria dos mercados tira a pressa para aumentar o Instrumento Europeu de Estabilidade Financeira.
Mas, eles concordaram em realizar novos testes de estresse nos bancos da região, com metodologia mais rigorosa e inclusão de metas de liquidez. [ID:nN18118978]
Nos EUA, os investidores monitoravam dados econômicos e balanços corporativos, com destaque para Citigroup, que informou lucro líquido de 10,6 bilhões de dólares em 2010, após prejuízo de 1,6 bilhão de dólares em 2009. O setor de tecnologia sofria pressão da notícia, na véspera, de que o presidente-executivo da Apple, Steve Jobs, tirou licença médica pela terceira vez desde 2004.
Entre os dados econômicos, o índice do setor manufatureiro de Nova York subiu em janeiro, com aumento nos embarques. O resultado, porém, ficou abaixo das expectativas. [ID:nN18124049] Separadamente, relatório mostrou que os Estados Unidos registraram entrada líquida de capital de 39 bilhões de dólares em novembro, mais que o dobro dos ingressos de 15,1 bilhões de dólares em outubro. O Brasil segue na quinta posição do ranking de detentores estrangeiros de Treasuries, atrás do grupo de Países Exportadores de Petróleo. [ID:nN18127329]
No mercado de juros futuros, as taxas subiam um dia antes da provável retomada do ciclo de alta da Selic. Nesta manhã, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,86 por cento na segunda quadrissemana de janeiro, ante 0,61 por cento na primeira [ID:nN18106409].
Pesquisa da Reuters da semana passada mostrou que todas as 21 instituições financeiras ouvidas esperam alta da taxa básica de juro em 0,50 por cento nesta quarta-feira, para 11,25 por cento [ID:nN12214033].
A agenda do dia ainda reserva o dado de emprego em dezembro, previsto para as 14 horas.