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Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2010 às 09h07.
SÃO PAULO, 10 de setembro (Reuters) - A agenda mais fria de
indicadores econômicos diminuía a volatilidade do mercado nesta
sexta-feira, com dados sobre o comércio na China e um índice de
inflação no Brasil atraindo a maior parte das atenções.
As importações chinesas cresceram 35,2 por cento em agosto
sobre o mesmo período do ano anterior, superando facilmente a
alta de 22,7 por cento de julho e as previsões de 26,1 por
cento no mercado. [ID:nN10242719]
O número indicou que a demanda do país asiático por
commodities segue elevada. O índice Reuters-Jefferies de
matérias-primas subia 0,8 por cento, ajudando a impulsionar
moedas como o real e o dólar australiano .
Já os Estados Unidos informaram que seus estoques no
atacado subiram 1,3 por cento em julho, o maior crescimento em
dois anos [ID:nN10253908].
Entre as bolsas, o clima era de leve alta. O Ibovespa subia
0,06 por cento no fim da manhã, pouco menos que os pares
nova-iorquinos.
Já no mercado de juros futuros, as projeções de vencimento
mais longo subiam após a inflação pelo IGP-DI superar as
previsões do mercado.
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna acelerou a
1,10 por cento em agosto, ante alta de 0,22 por cento em julho,
segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Analistas ouvidos pela Reuters previam 0,85 por cento de
alta, de acordo com a mediana de 8 prognósticos que oscilavam
de 0,65 a 1,04 por cento. [ID:nN10231998]
"Com as perspectivas climáticas pouco favoráveis e com a
elevação dos preços internacionais, deveremos observar mais
divulgações refletindo preços agrícolas pressionados, o que
deverá ser repassado para o consumidor e ser capturado pelos
índices de inflação ao consumidor em breve", apontou o
Bradesco, em relatório pela manhã.
Por ora, os preços ao consumidor seguem comportados. A
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou uma
ligeira desaceleração da alta do IPC em São Paulo a 0,15 por
cento na primeira quadrissemana de setembro, ante 0,17 por
cento no fechamento de agosto. [ID:nN10240747]
No lado corporativo, a principal notícia era a
possibilidade de uma oferta de até 7 bilhões de dólares da
Sinopec e da CNOOC por participações em ativos
detidos pela petrolífera OGX . As ações da empresa
brasileira tinham alta na Bovespa.
Veja como estavam os principais mercados às 12h00 desta
sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar era cotado a 1,719 real, em baixa de 0,23 por cento
frente ao fechamento anterior, na oitava baixa consecutiva.
BOVESPA
O Ibovespa subia 0,06 por cento, para 66.664 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 1,4 bilhão de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros ganhava 0,31 por
cento, a 32.951 pontos.
JUROS
Os contratos de DI exibiam estabilidade, com o DI janeiro
de 2012 em 11,29 por cento o mesmo do ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,2721 dólar,
ante 1,2718 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía para 135,938 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 3,075 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 4 pontos, para 212 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 6 pontos, a 277 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones avançava 0,36 por cento, a 10.452
pontos, o S&P 500 tinha elevação de 0,47 por cento, a
1.109 pontos, e o Nasdaq tinha incremento 0,3 por
cento, aos 2.242 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto 2,16 dólares,
ou 2,9 por cento, a 76,41 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,8101
por cento ante 2,757 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Aluísio Alves)