São Paulo - A cautela dava o tom nas principais bolsas de valores globais nesta quarta-feira, embora no mercado de moedas o euro demonstrasse algum vigor. No Brasil, os investidores, principalmente do segmento de DI, aguardam a decisão sobre o rumo da Selic, prevista para após o fechamento do mercado.

A expectativa majoritária é de aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, de acordo com pesquisa da Reuters, mas há uma ala que aposta num aperto mais agressivo, de até 0,75 ponto percentual.

Os DIs mais curtos subiam. Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,63 por cento na segunda prévia de janeiro, após avanço de 0,75 por cento em igual período de dezembro [ID:nN19192101].

A pauta doméstica incluiu também dados de fluxo cambial. Segundo o Banco Central, a entrada de dólares no país alcançou 5,185 bilhões de dólares nas duas primeiras semanas de janeiro, período em que as compras de moeda estrangeira pela autoridade monetária atingiram 2,291 bilhões de dólares [ID:nSAR002497].

O dólar operava em queda frente ao real, refletindo a perda de valor da moeda no exterior <.DXY>, em parte ditada pelos ganhos do euro. A divisa europeia alcançava à máxima em oito semanas frente à norte-americana por cobertura de posições vendidas e novas compras de fundos soberanos asiáticos.

As bolsas mostravam fraqueza. A Bovespa operava com ligeira queda, em sintonia com o desempenho dos índices de ações em Wall Street. O europeu FTSEurofirst 300 <.FTEU3> perdia 0,5 por cento, em meio à avaliação de que o mercado está excessivamente valorizado.

Os agentes monitoravam a safra de balanços nos Estados Unidos. Os resultados de Apple e IBM --divulgados na véspera e que vieram acima das expectativas-- não eram suficientes para trazer bom humor, ainda mais depois de o Goldman Sachs informar nesta sessão queda de 53 por cento em seu lucro trimestral [ID:nN19214359].

Veja a variação dos principais mercados às 12h54 desta quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,672 real, em queda de 0,36 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa caía 0,42 por cento, para 70.618 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 1,5 bilhão de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20>

O índice dos principais ADRs brasileiros recuava 0,45 por cento, a 37.215 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

O DI janeiro de 2012 apontava 12,40 por cento ao ano, ante 12,41 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3485 dólar, ante 1,3379 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 136 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,586 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ>

O risco Brasil subia 4 pontos, para 171 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 2 pontos, a 237 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones <.DJI> subia 0,03 por cento, a 11.841 pontos; o S&P 500 <.SPX> perdia 0,33 por cento, a 1.290 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> caía 0,39 por cento, a 2.754 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo tinha alta de 0,35 dólar, ou 0,35 por cento, a 91,01 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, registrava oscilação positiva, oferecendo rendimento de 3,3409 por cento ante 3,37 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)