EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 08h42.
SÃO PAULO - A China ocupava a atenção nos principais mercados internacionais nesta segunda-feira, após dados mostrarem crescimento acima do esperado nas importações do país --corroborando o discurso do governo de que está fazendo o suficiente para estimular o consumo doméstico sem acelerar a apreciação de sua moeda.
Os números também indicaram maciço apetite chinês por matérias-primas, o que beneficiava os preços de commodities e índices acionários globais, enquanto o sólido crescimento das exportações naquele país insinuou alguma solidez na retomada das economias na Europa e Estados Unidos.
Ainda da China, rumores sobre uma inflação ao consumidor abaixo do esperado também influenciavam positivamente os negócios, apesar da ressalva de que tal desempenho pode apenas refletir mudanças no cálculo do índice. Operadores disseram que os preços ao consumidor subiram 4,9 por cento no ano até janeiro, abaixo do consenso das projeções de alta de 5,3 por cento.
A Agência Nacional de Estatísticas (NBS) ajusta regularmente a cesta que compõe o indicador, com alterações menores a cada ano e uma mais expressiva a cada cinco anos. Janeiro teria refletido essa mudança dos cinco anos. A expectativa é de que a NBS tenha reduzido o peso dos alimentos, que lideraram o avanço na inflação chinesa. O dado oficial será divulgado na terça-feira.
Na Ásia, o principal índice da bolsa de Xangai encerrou o dia com alta de 2,54 por cento. O Nikkei, em Tóquio, avançou 1,13 por cento. Números mostraram ainda a economia japonesa contraindo pela primeira vez em cinco trimestres, mas menos do que o esperado. O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 1,71 por cento às 8h07.
Na Europa, o FTSEurofirst 300 verificava acréscimo de 0,5 por cento e o contrato futuro do norte-americano S&P-500 situava-se praticamente estável. A agenda nos EUA não traz divulgações relevantes. O índice MSCI para ações globais ganhava 0,36 por cento e para emergentes, 1,3 por cento.
Entre as moedas, o euro era transacionado a 1,3479 dólar ante 1,3546 dólar na sexta-feira. Em relação à divisa japonesa, o dólar era transacionado a 83,32 ienes ante 83,43 ienes no último pregão. O índice DXY, que mede o valor da moeda norte-americana ante uma cesta com as principais divisas globais, apreciava-se 0,2 por cento.
No segmento de commodities, o petróleo oscilava ao redor da estabilidade, com leve declínio de 0,07 por cento, a 85,52 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York. Mas, em Londres, o cobre era cotado em alta de 1,17 por cento.
No Brasil, a agenda conta com as tradicionais divulgações de segunda-feira: desempenho semanal da balança comercial e relatório Focus do Banco Central.
Veja como ficaram os principais mercados na sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou cotado a 1,667 real, em queda de 0,24 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP>
O Ibovespa subiu 1,82 por cento, para 65.755 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 6,78 bilhão de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20>
O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 1,79 por cento, a 35.248 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 caía a 12,32 por cento ao ano ante 12,33 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3543 dólar, ante 1,3596 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, seguia estável a 133,688 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,955 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ>
O risco Brasil subia 6 pontos, para 177 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 8 pontos, a 260 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones <.DJI> subiu 0,36 por cento, a 12.273 pontos, o S&P 500 <.SPX> avançou 0,55 por cento, a 1.329 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> tinha valorização de 0,68 por cento, aos 2.809 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 1,15 dólares, ou 1,33 por cento, a 85,58 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia oferecendo rendimento de 3,634 por cento ante 3,702 por cento no fechamento anterior.