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PANORAMA1-Mercado aguarda Petrobras; exterior reflete cautela

SÃO PAULO, 23 de setembro (Reuters) - Investidores devem conhecer o resultado da mega oferta de ações da Petrobras nesta quinta-feira, quando o conselho de administração da estatal aprovará o preço de estreia dos novos papéis, que vão entrar em negociação a partir da próxima segunda-feira. Com os recursos provenientes da oferta, a Petrobras poderá […]

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2010 às 05h36.

SÃO PAULO, 23 de setembro (Reuters) - Investidores devem
conhecer o resultado da mega oferta de ações da Petrobras nesta
quinta-feira, quando o conselho de administração da estatal
aprovará o preço de estreia dos novos papéis, que vão entrar em
negociação a partir da próxima segunda-feira.

Com os recursos provenientes da oferta, a Petrobras poderá
tocar o plano de investimentos de 224 bilhões de dólares até
2014 e acelerar a exploração das gigantes reservas descobertas
na bacia de Santos.

A agenda do ministro da Fazenda, Guido Mantega, informa sua
participação em reunião na Petrobras às 13h. Mas a expectativa
é de que os dados sejam divulgados apenas após o fechamento do
mercado. "E acho que sai depois das 19h30, 20h", previu um
operador.

Duas fontes próximas do assunto disseram no final da
quarta-feira a jornalistas da Thomson Reuters que a oferta
recebeu uma demanda maior do que a necessária para a venda de
todas as ações [ID:nN23116602].

A oferta teria potencial de atingir um valor de 133 bilhões
de reais, ou 77,4 bilhões de dólares ao câmbio atual. Seria a
maior operação do tipo já realizada no mundo, superando a
emissão japonesa NTT, que arrecadou 36,8 bilhões de dólares em
1987.

Antes de repercutir os números da Petrobras, investidores
devem monitorar a pesquisa sobre o desemprego em agosto do
IBGE. Projeções apuradas pela Reuters apontam para uma taxa de
6,9 por cento, estável ante o mês anterior.

E também o Tesouro Nacional divulga às 14h30 o Relatório
Mensal da Dívida Pública Federal referente ao mês de agosto. Em
julho, o estoque da dívida pública mobiliária federal interna
caiu 0,49 por cento, para 1,509 trilhão de reais.

Mais cedo, Fundação Getúlio Vargas informou que o Índice
de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,40 por cento na
terceira quadrissemana de setembro. Projeções apuradas pela
Reuters apontavam elevação de 0,38 por cento. Na segunda
leitura do mês, o indicador registrou alta de 0,31 por cento
[ID:nN23119134].

Nos mercados internacionais, o viés segue conservador após
indicadores do setor de serviços desacelerarem acima do
esperado na Europa, adicionando desconforto entre os
investidores sobre o ritmo da recuperação econômica global.

O índice Markit do setor de serviços da zona do euro caiu
para 53,6 na preliminar de setembro, comparado a 55,9 em
agosto. Foi a menor leitura desde fevereiro. Analistas
esperavam 55,5. O índice do setor manufatureiro recuou para
53,6, comparado a 55,1 em agosto e à estimativa do mercado de
54,5.

O indicador composto, que engloba os dois setores, caiu
para 53,8, após 56,2 em agosto e previsão de 55,7.

O índice acionário europeu FTSEurofirst 300
recuava 0,48 por cento às 7h40, enquanto o euro depreciava-se
0,46 por cento ante a moeda norte-americanda, para 1,3332
dólar.

Os futuros acionários em Wall Street também sinalizavam uma
abertura negativa, com o contrato do S&P 500 caindo 5
pontos.

A agenda nos Estados Unidos inclui os pedidos de
auxílio-desemprego da semana encerrada em 18 de setembro, as
vendas norte-americanas de moradias usadas em agosto e o índice
norte-americano de indicadores antecedentes de agosto.

O índice MSCI para ações globais perdia
0,33 por cento.

O menor apetite a risco explicava a valorização de 0,32 por
cento do dólar ante uma cesta com as principais divisas
globais. Nesse cenário, o petróleo recuava 0,68 por cento, a
74,20 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova
York.

Na Ásia, feriados fecharam os mercados no Japão, China,
Hong Kong e Coreia do Sul.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN17179165]

Veja como terminaram os principais mercados na
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,721 real, em alta de 0,17 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,89 por cento, a 68.325 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 7,4 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,3 por
cento, a 33.666 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,56 por cento ao ano no call
das 16h, ante 11,50 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3390 dólar, ante
1,3251 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
subia para 138,000 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,658 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil recuava 5 pontos, a 209 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 6 pontos, a 286 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O Dow Jones perdeu 0,48 por cento, para 1.134
pontos. O Nasdaq caiu 0,63 por cento, para 2.334
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
cedeu 0,26 dólar, ou 0,35 por cento, a 74,71 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha leve alta, oferecendo rendimento
de 2,5619 por cento ante 2,576 por cento no fechamento
anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)

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