EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 07h34.
SÃO PAULO - Investidores do mercado brasileiro miram o IPCA-15 de janeiro na volta do feriado paulistano. A expectativa é de que o indicador mostre uma inflação praticamente inalterada em relação à leitura do mês anterior. Na véspera, contudo, uma casa estrangeira enviou e-mail a clientes falando sobre um "whisper" de aceleração.
As 15 projeções apuradas pela Reuters para o indicador previsto para as 9h variaram de alta de 0,57 a 0,75 por cento, com mediana em 0,70 por cento. Em dezembro, o indicador subiu 0,69 por cento.
Também merece atenção a decisão do Banco Central de regulamentar a compra de dólares em leilões com liquidação a termo. Diferente da liquidação no segmento à vista, de dois dias úteis, o prazo de liquidação da nova modalidade de intervenção no mercado de câmbio será definido no momento do anúncio. Poderão participar dos leilões as instituições "dealers".
No exterior, o destaque do dia é o comunicado que acompanhará o resultado da reunião do Federal Reserve. A redação do texto não deverá ser fácil, pois precisa incluir a melhora dos indicadores econômicos sem indicar eventual encerramento do programa de compra de bônus. E não pode ser muito reservada sobre a recuperação, ou pode ser interpretada como desconfiança da sua sustentabilidade.
Os principais índices acionários aguardavam tal "statement" no azul, com investidores repercutindo positivamente o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na noite de terça-feira. Na fala ao Congresso, ele propôs cortar imposto de empresas e congelar por cinco anos alguns gastos do governo, entre outras declarações.
O índice MSCI para ações globais subia 1,18 por cento e o para emergentes ganhava 0,57 por cento às 7h55. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão <.MIAPJ0000PUS> ganhava 0,68 por cento. Na Europa, o FSTEurofirst 300 apreciava-se 0,75 por cento, enquanto o contrato futuro do norte-americano S&P 500 registrava acréscimo de 5,3 pontos.
O Nikkei , no Japão, foi uma das excessões, recuando 0,6 por cento, enquanto o índice da bolsa de Xangai <.SSEC> aumentou 1,17 por cento.
Entre as moedas, o índice DXY , que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, cedia 0,24 por cento. O euro verificava elevação de 0,16 por cento, a 1,3710 dólar. Ante a moeda japonesa , o dólar declinava 0,04 por cento, a 82,21ienes. Tal cenário corroborava a alta de 0,69 dólar do petróleo nas operações eletrônicas em Nova York.
Veja a variação dos principais mercados na segunda-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou a 1,672 real, com oscilação negativa de 0,06 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,42 por cento, para 69.426 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 3,99 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 1,16 por cento, a 36.467 pontos.
JUROS
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,42 por cento ao ano, ante 12,37 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3645 dólar, ante 1,3615 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 135,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,659 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil cedia 6 pontos, para 163 pontos-básicos. O EMBI+ tinha queda de 4 pontos, a 237 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
o índice Dow Jones subiu 0,92 por cento, a 11.980 pontos; o S&P 500 avançou 0,58 por cento, a 1.290 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,04 por cento, a 2.717 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo caiu 1,24 dólar, ou 1,39 por cento, a 87,87 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, mostrava estabilidade, oferecendo rendimento de 3,4083 por cento ante 3,408 por cento no fechamento anterior.