SÃO PAULO  - Índices acionários no azul e dólar em queda configuravam o cenário no mercado financeiro internacional nesta terça-feira, com investidores ainda analisando as chances de um aumento da capacidade de empréstimo do fundo de resgate na zona do euro. O retorno de Wall Street após feriado prolongado e a respectiva reação a notícias corporativas merecem atenção.

A moeda única europeia chegou a cair mais cedo, mas reverteu a direção e valorizava-se 0,82 por cento às 7h56, a 1,3406 dólar, em meio a informações sobre demanda para a dívida soberana da região e de que a Rússia pretente comprar títulos de países do bloco.

Isso influenciava o declínio de 0,70 por cento do índice DXY <.DXY>, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas internacionais. Ante a moeda japonesa , o dólar perdia 0,37 por cento, a 82,46 ienes.

Tal movimento influenciava algumas commodities como o cobre em alta. O petróleo , contudo, registrava leve avanço de 0,12 dólar, a 91,66 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.

No segmento acionário, o europeu FTSEurofirst 300 avançava 1 por cento, na máxima em 28 meses, com ajuda das mineradoras. O sentimento sobre mudanças no Instrumento Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF) era misto, com alguns desanimados após a reunião de ministros da véspera não resultar em acordo, enquanto outros não descartavam tal chance.

Nos Estados Unidos, o contrato futuro do S&P 500 <.SPc1> subia 2,2 pontos. Além de dados macroeconômicos, há expectativa sobre a reação em NY à licença médica de Steve Jobs da Apple, que também apresenta seu resultado trimestral hoje. A safra de balanços ainda inclui o desempenho do Citigroup.

Na Ásia, o índice da bolsa de Xangai <.SSEC> fechou com acréscimo de 0,09 por cento, com investidores contrabalançando resultados positivos no setor bancário e possíveis novas medidas de aperto ao crédito imobiliário. O Nikkei <.N255> avançou 0,15 por cento, influenciado positivamente por papéis de construtoras.

O índice MSCI para ações globais <.MIWD00000PUS> aumentava 0,63 por cento e o para emergentes <.MSCIEF> registrava elevação de 0,56 por cento. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão <.MIAPJ0000PUS> ganhava 0,64 por cento.

No Brasil, o destaque deve ficar para os dados de dezembro sobre o emprego formal que o Ministério do Trabalho divulga às 14h. Também o Banco Central dá início à reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa majoritária é de que a taxa Selic seja elevada em 0,50 ponto percentual, para 11,25 por cento ao ano. O resultado será conhecido apenas na quarta-feira.

Veja a variação dos principais mercados na segunda-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,683 real, em queda de 0,12 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 0,47 por cento, para 70.609 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 8,68 bilhões de reais, sendo 3,78 bilhões de reais oriundos do exercício de opções sobre ações.

JUROS

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,40 por cento ao ano, ante 12,37 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3285 dólar, ante 1,3375 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 136,250 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,553 por cento ao ano.