São Paulo - Notícias corporativas determinavam o viés positivo nas praças acionárias externas nesta quarta-feira e também devem ocupar a atenção de investidores no mercado brasileiro, com a safra de balanços locais incluindo os resultados de Fibria e Panamericano pela manhã e Lojas Renner após o fechamento dos negócios.

Projeções apuradas pela Reuters apontam que a Fibria deve reportar lucro líquido de 161,6 milhões de reais no quarto trimestre, enquanto Lojas Renner deve apurar 117,5 milhões.

O Panamericano --que teve seu controle comprado pelo BTG Pactual-- não faz parte do Ibovespa, mas deve ser monitorado em razão do escândalo contábil no ano passado. O banco divulgou prejuízo de 133,617 milhões no trimestre encerrado em dezembro, com a carteira de crédito fechando 13,3 bilhões de reais e a inconsistência contábil totalizando 4,3 bilhões de reais.

Dados da indústria, do setor imobiliário e de inflação no atacado estão na pauta norte-americana nesta sessão, que ainda inclui a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. Para o Brasil, a agenda macroeconômica também não é fraca e destaca dados de inflação e indicador de atividade do Banco Central.

Ainda na cena local, as discussões em torno do salário mínimo seguem sob os holofotes em razão de preocupações com o impacto fiscal. Ontem, a Câmara aprovou requerimento de urgência para a votação do projeto de mínimo de 545 reais --defendido pelo governo--, o que permite que a proposta seja votada nesta quarta-feira. A oposição quer um aumento para 560 reais.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 <.FTEU3> avançava 0,46 por cento às 7h25, sob influência do setor de bebidas, após resultado acima do esperado da Heineken, e de ações de famacêuticas como a Sanofi-Aventis, que fechou acordo de compra da Genzyme Corp. Nos Estados Unidos, o contrato futuro do S&P-500 subia 0,44 por cento --5,90 pontos-- antes de nova bateria de divulgações econômicas.

O índice MSCI para ações globais ganhava 0,29 por cento e para emergentes, 0,12 por cento. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão registrava acréscimo de 0,17 por cento. O japonês Nikkei <.N225> encerrou o dia com elevação de 0,57 por cento e o índice da bolsa de Xangai <.SSEC> terminou com alta de 0,85 por cento.

Entre as moedas, o euro valorizava-se 0,53 por cento, a 1,3563 dólar. A moeda norte-americana cedia 0,18 por cento, a 83,66 ienes . Tais movimentos influenciavam o declínio de 0,39 por cento do índice DXY <.DXY>, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais.

No segmento de commodities, o petróleo avançava 0,71 por cento, a 84,92 dólares, nas operações eletrônicas em Nova York.

Veja a agenda com os principais indicadores desta quarta-feira [ID: nN16178955]

Veja o comportamento dos principais mercados na terça-feira:

CÂMBIO

O dólar teve leve alta de 0,06 por cento ante o fechamento anterior, a 1,670 real na venda.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa caiu 0,32 por cento, para 66.341 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 6,5 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20>

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 1 por cento, a 35.795 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o contrato de DI janeiro de 2012 apontava 12,39 por cento ao ano, ante 12,43 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia saía a 1,3483 dólar, ante 1,3487 dólar do fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 133,750 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,934 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ>

O risco Brasil caía 3 pontos, para 178 pontos-básicos. O EMBI+ registrava acréscimo de 1 ponto, a 266 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A poucos minutos do fechamento, o índice Dow Jones <.DJI> tinha baixa de 0,5 por cento, a 12.207 pontos; o S&P 500 <.SPX> cedia 0,47 por cento, a 1.326 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> perdia 0,51 por cento, a 2.802 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo caiu 0,58 por cento, a 84,32 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, registravam variação positiva, oferecendo rendimento de 3,608 por cento ante 3,621 por cento no fechamento anterior.