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Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2010 às 05h12.
SÃO PAULO, 15 de setembro (Reuters) - O mercado asiático
trouxe novidades nesta quarta-feira com a intervenção do
governo japonês no câmbio pela primeira vez desde 2004, após o
iene renovar a máxima em 15 anos frente ao dólar mais cedo.
O ministro de Finanças japonês, Yoshihiko Noda, confirmou a
atuação do país no segmento de moedas, afirmando que Tóquio
havia se comunicado com autoridades estrangeiras, mas indicando
que havia agido sozinho. Segundo operadores, o Banco do Japão
comprou dólares a cerca de 83 ienes.
O dólar valorizava-se após ter recuado a 82,87 ienes na
mínima registrada mais cedo. A notícia refletiu-se no índice
Nikkei , que reverteu as perdas iniciais e fechou o dia
em alta de 2,34 por cento, impulsionado principalmente por
ações de empresas exportadoras.
O índice da bolsa de Xangai , por sua vez, encerrou
em baixa de 1,34 por cento, após não conseguir superar um nível
técnico importante. Ainda assim, o índice MSCI de ações da
região Ásia-Pacífico com exceção do Japão
avançava 0,42 por cento.
No resto do mundo, porém, um pouco de "mais do mesmo"
influenciava os negócios. Uma vez que o foco segue na economia
dos Estados Unidos e a agenda inclui indicador norte-americano,
o tom é de esperar para ver.
O Federal Reserve de Nova York divulga seu índice Empire
State sobre a atividade manufatureira da região referente a
setembro. A previsão é de uma leitura igual a 8 ante 7,10 em
agosto. E na sequência saem dados de produção industrial no mês
passado. Analistas aguardam um crescimento de 0,2 por cento,
após o incremento de 1 por cento registrado em julho. O uso da
capacidade instalada deve passar de 74,8 para 75 por cento.
O índice MSCI para ações globais perdia
0,21 por cento, enquanto o para ações emergentes
tinha oscilação positiva de 0,07 por cento.
Em Wall Street, os futuros apontavam para uma abertura
debilitada. O contrato do S&P 500 cedia 3,9 pontos. O do
Dow Jones recuava 29 pontos. O dólar avançava 0,69 por
cento ante uma cesta com as principais divisas globais .
Na Europa, o índice FTSEurofirst 300 cedia 0,46
por cento, afetado pelo desempenho de papéis do setor
farmacêutico. O euro também mostrava debilidade, e
desvalorizava-se a 1,2972 dólar.
Entre as commodities, o petróleo cedia 1,11 dólar, a 75,69dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.
No Brasil, a agenda é fraca, mas devem ser monitorados os
números locais sobre fluxo cambial e a atuação do Banco Central
diante da sequência de quedas do dólar ante o real. O BC
informa tais dados por volta das 12h30.
Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN14270957]
Veja como terminaram os principais mercados na
terça-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,708 real, em queda de 0,47 em relação ao
fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa caiu 0,5 por cento, a 67.691 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 8,2 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 0,27 por
cento, a 33.620 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,32 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,34 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,2997 dólar, ante
1,2878 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 137,125 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,852 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 2 pontos, a 211 pontos-básicos. O EMBI+
subia 1 ponto, a 285 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones recuou 0,17 por cento, a 10.526
pontos, o S&P 500 tevs oscilação negativa de 0,07 por
cento, a 1.121 pontos. O Nasdaq Composite avançou 0,18
por cento, aos 2.289 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
cedeu 0,39 dólar, ou 0,51 por cento, a 76,80 dólares por
barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,6826
por cento ante 2,746 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)