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Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 07h12.
SÃO PAULO - A pauta sobre a divulgação do Boletim Regional do Banco Central nesta quinta-feira poderia ter sido quase ignorada não fosse um detalhe: no aviso sobre tal relatório a autoridade monetária relatou que seriam apresentadas informações atualizadas sobre as operações de crédito em nível nacional.
Tais números ajudarão a avaliar o impacto das medidas prudenciais adotadas pela autoridade monetária e destacadas na última ata do Copom como um dos instrumentos considerados no trabalho de controle da inflação. O BC disponibiliza às 11h30 o Boletim Regional e a apresentação do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, com tais informações.
Os indicadores de crédito serão analisados em um mercado ainda digerindo o congelamento de 50 bilhões de reais no Orçamento do país em 2011 anunciado na véspera. A redução nos gastos ficou dentro do esperado, mas não trouxe detalhes sobre os cortes --o que foi prometido apenas para a próxima semana.
No exterior, agentes financeiros citavam realização de lucros e o menor apetite a risco, destacando discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, reiterando que a economia norte-americana segue frágil na véspera, para explicar o declínio em índices acionários, enquanto a recente indicação de que o juro na Europa não deve subir tão cedo ainda minava o euro.
Uma pauta com decisão de juros na Inglaterra e números de estoques, auxílio-desemprego e Orçamento nos Estados Unidos também é aguardada para a sessão.
O índice MSCI para ações globais cedia 0,66 por cento e O para emergentes <.MSCIEF> recuava 1,9 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 caía 0,86 por cento. Na mesma direção, o contrato futuro do norte-americano S&P 500 declinava 7,9 pontos.
Em Tóquio, o Nikkei também encerrou em baixa, de 0,11 por cento. Mas o índice da bolsa de Xangai avançou 1,59 por cento com a recuperação de papéis de bancos e ligados ao setor imobiliário.
Entre as moedas, o euro desvalorizava-se 0,71 por cento, a 1,3631 dólar. A divisa norte-americana subia 0,35 por cento, a 82,66 ienes . Ante uma cesta com as principais moedas globais, o dólar subia 0,63 por cento. Nesse contexto, o petróleo recuava 0,68 dólar, a 86,06 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.
Veja como fecharam os principais mercados na terça-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou o dia valendo 1,661 real, em baixa de 0,36 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa caiu 2,36 por cento, para 64.217 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,5 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros perdeu 2,27 por cento perto do fechamento, a 34.571 pontos.
JUROS
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 estava em 12,31 por cento ao ano ante 12,30 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3730 dólar, ante 1,3727 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia para 134,438 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,813 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil subia 9 pontos, para 171 pontos-básicos. O EMBI+ operava a 250 pontos-básicos, com alta de 8 pontos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones subiu 0,06 por cento, a 12.239 pontos, o S&P 500 cedeu 0,28 por cento, a 1.320 pontos, e o Nasdaq teve desvalorização de 0,29 por cento, aos 2.789 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto caiu 0,15 por cento, a 86,79 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,6525 por cento ante 3,737 por cento no fechamento anterior.