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Panamericano tem estimativa elevada após socorro

Um dos sete bancos médios brasileiros que enfrentaram dificuldades nos últimos três anos, o Panamericano sobreviveu ao resgate de R$ 3,8 bi com desempenho melhor que seus pares


	A ação do Panamericano acumula alta de 28 por cento neste ano, a R$ 6,58, melhor retorno entre as 15 companhias que fazem parte do Brazil Financial Index
 (Divulgação)

A ação do Panamericano acumula alta de 28 por cento neste ano, a R$ 6,58, melhor retorno entre as 15 companhias que fazem parte do Brazil Financial Index (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 10h00.

São Paulo - O Banco Panamericano SA, um dos sete bancos médios brasileiros que enfrentaram dificuldades nos últimos três anos, sobreviveu ao resgate de R$ 3,8 bilhões com desempenho melhor que seus pares no setor e com upgrades nas recomendações dos analistas, que esperam mais ganhos.

A ação do Panamericano acumula alta de 28 por cento neste ano, a R$ 6,58, melhor retorno entre as 15 companhias que fazem parte do Brazil Financial Index e quase quatro vezes o BTG, que assumiu bloco de controle no banco em 2011 em meio ao processo que investigava irregularidades contábeis no Panamericano.

O lucro do banco no primeiro trimestre encerrou uma sequência de três trimestres de perdas e foi o maior ganho em dois anos.

“O Panamericano é a única história de sucesso de reestruturação que emergiu da crise dos bancos médios”, disse Rodolfo Amstalden, analista da Empiricus Research, em entrevista de São Paulo. “Vejo mais espaço para reação da ação.”

Bancos com valor de mercado entre R$ 1 bilhão e R$ 5 bilhões sucumbiram depois que o Panamericano precisou ser resgatado pelo Fundo Garantidor de Crédito e o Banco Cruzeiro do Sul SA foi liquidado em setembro.

Outras cinco instituições financeiras, incluindo Banco Morada SA e Banco Schahin SA, estão entre os que precisaram de socorro ou foram liquidados durante a crise que se seguiu ao aperto de crédito com a quebra do Lehman Brothers Holdings Inc., em 2008.

O Panamericano não retornou pedidos de comentário por e- mail ou telefone e o BTG não quis comentar o investimento no Panamericano, segundo nota por e-mail.

A Caixa Econômica Federal, que controla 49 por cento das ordinárias do Panamericano, não respondeu às mensagens por telefone e e-mail para fazer comentários.

 

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