Invest

Pague Menos anuncia JCP com aumento de capital e transforma R$ 82 mi em R$ 110 mi em caixa

Varejista do setor farmacêutico, vai pagar R$ 82 milhões a acionistas e tentar levantar o mesmo valor com emissão de ações

Pague Menos: economia da alíquota dos impostos e contribuições social vai chegar a R$ 27 milhões.  (Divulgação/Divulgação)

Pague Menos: economia da alíquota dos impostos e contribuições social vai chegar a R$ 27 milhões.  (Divulgação/Divulgação)

A Pague Menos (PGMN3), varejista do setor farmacêutico, vai pagar R$ 82 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) e transformar R$ 82 milhões que tinha em caixa em R$ 110 milhões. Como? Não é mágica, mas a contabilidade explica.

Cada acionista vai receber R$ 0,186 por ação. Vale para quem tem papéis da empresa até 27 de janeiro. As ordinárias passam a ser negociados “ex” JCP a partir de 30 de janeiro e o pagamento acontece em 13 de março. No mesmo comunicado, a empresa anunciou um aumento de capital privado que pode chegar justamente a R$ 82 milhões. Serão emitidas entre14.275.126 ações e, no máximo, 22.304.884 ações, sob o preço de R$ 3,68.

O movimento lembra o que foi feito pela locadora de veículos Localiza em setembro, embora tenha suas particularidades. O movimento é uma estratégia de caixa e remuneração dos acionistas. Assim como a Localiza informou à época, a Pague Menos explica em seu comunicado: "O aumento de capital tem como objetivo a preservação da estrutura de capital e posição financeira da companhia, considerando a concomitante distribuição de juros sobre capital próprio aos acionistas."

O juro sobre capital próprio é calculado pela aplicação da TJLP sobre o patrimônio — por isso tem esse nome. Esse pagamento é contabilmente tratado como uma despesa financeira. Se ele reduz o lucro da companhia, diminui junto o imposto a pagar. Portanto, para a companhia há economia da alíquota dos impostos e contribuições social, que no caso da Pague Menos vai chegar a R$ 27 milhões.

Por isso, caso consiga levantar a oferta integral de ações, no valor de R$ 82 milhões, a companhia vai receber em caixa esse montante e ainda ter uma economia de R$ 27 milhões.

E por que o acionista aceitaria isso? Porque ele vai estar investindo em uma empresa com um caixa mais reforçado - fator importante no caso da varejista, que recentemente colocou a mão no bolso para fazer a aquisição da Extrafarma.

 

Acompanhe tudo sobre:DividendosFarmáciasPague Menos

Mais de Invest

E se a listagem da JBS (JBSS3) nos EUA não for aprovada? JP Morgan recomenda hedge

Metade dos adultos do Brasil estão inadimplentes, segundo Serasa

São Martinho sobe com aposta do BTG em retomada de alta: 'Hora de aproveitar a virada'

Bolsa Família de maio começa a ser pago nesta segunda-feira; veja calendário