Braskem: caso envolve o surgimento de rachaduras e crateras na região do bairro do Pinheiro, em Maceió (Mirian Fichtner/Reprodução)
Reuters
Publicado em 16 de abril de 2019 às 13h02.
São Paulo — A petroquímica Braskem informou na segunda-feira, 15, que um desembargador de Alagoas determinou a suspensão de pagamento de dividendos da companhia no valor de 2,7 bilhões de reais, em meio a acusações de envolvimento da empresa em um fenômeno geológico ocorrido em bairros próximos à área de extração de salgema na capital alagoana.
A Braskem afirmou que a suspensão dos dividendos, que seria submetida à assembleia de acionistas nesta terça-feira, 16, vai até a análise de recurso encaminhado pelo Ministério Público de Alagoas, que abriu uma ação no início do mês pedindo bloqueio de cerca de 6,7 bilhões de reais da companhia.
O caso envolve o surgimento de rachaduras e crateras na região do bairro do Pinheiro, em Maceió, que comprometeram vários imóveis e fizeram a prefeitura suspender processos de licenciamento de construções e empreendimentos na área.
Em 5 de abril, o Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Maceió determinou bloqueio cautelar de até 100 milhões de reais da Braskem, em ação para garantir eventuais indenizações à população afetada pelo fenômeno.
A empresa afirmou na ocasião que assinou com quatro órgãos públicos um acordo de cooperação técnica para implementar uma série de medidas contingenciais, incluindo a instalação de um sistema de drenagem superficial provisório para minimizar os impactos do período chuvoso e recomposição das feições e reforço de terreno.