Ações ordinárias da CCR registram forte alta de 52% em 2012 (Valéria Gonçalves/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2012 às 16h47.
São Paulo – O Programa de Concessões de Rodovias e Ferrovias anunciado ontem pelo governo não deve ser considerado um elemento propulsor ao desempenho das ações da CCR (CCRO3). Quem avisa é a equipe de análise da Citi Corretora.
Um relatório divulgado hoje mantém a recomendação classificada em “neutro” aos papéis. “Ao contemplarmos o pacote de concessões rodoviárias, acreditamos ser difícil haver algum benefício que ainda não está no preço das ações”, explica a corretora.
Em 2012, a CCR está entre as cinco empresas pertencentes ao Ibovespa que mais ganharam valor de mercado na bolsa, com uma expressiva alta de 52%.
As companhias de concessões chinesas, por exemplo, são negociadas em 7 vezes menos o múltiplo EV/Ebtida (valor da empresa/geração de caixa) ao final de 2013 quando comparadas com as empresas nacionais, conforme lembra a análise.
O relatório questiona bastante o horizonte que o pacote anunciado oferece às empresas do setor de infraestrutura no Brasil, mas reconhece que, em casos pontuais, algumas empresas podem ser beneficiadas.
“Acreditamos que as empreiteiras participantes dos consórcios vencedores serão as primeiras beneficiadas, enquanto fornecedores, como empresas de aluguel de veículos e fabricantes de trens, também poderão ver algum benefício rapidamente”, projetam a Citi Corretora.
O preço-alvo dos papéis da CCR foi ajustado, de 15,60 para 20 reais, o que corresponde a um potencial de valorização de 8%.