Repórter
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 16h00.
Última atualização em 10 de outubro de 2025 às 16h01.
O petróleo e o ouro registram movimentos opostos nesta sexta-feira, 10, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar novas tarifas contra a China.
O petróleo passa uma aceleração na queda, com os preços do WTI para novembro recuando 4,32%, a US$ 58,85, e o Brent para dezembro perdendo 3,82%, a US$ 62,73, à medida que as declarações de Trump aumentam os temores de uma intensificação na guerra comercial, o que pode impactar negativamente a demanda global pelo commodity.
Por outro lado, o ouro sobe com os investidores em busca de ativos mais seguros diante da crescente incerteza econômica gerada pelos comentários de Trump.
O metal precioso avança 1,05%, alcançando US$ 4.014,50 por onça.
Trump afirmou nesta manhã que "muitas contramedidas estão sendo consideradas em relação à China" e destacou que seu encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, previsto para as próximas semanas, agora não parece ter razão para ocorrer.
O aumento da tensão foi impulsionado ainda pela acusação de Trump de que a China fez um "movimento sinistro" ao implementar controles sobre as terras raras, essenciais para a produção de tecnologias avançadas. Além disso, ele sugeriu que as tarifas sobre os produtos chineses poderiam ser aumentadas, aprofundando ainda mais o confronto entre as duas potências.
Essas declarações geraram um grande estresse nos mercados financeiros, refletido na queda das bolsas de valores dos EUA. Às 16h, no horário de Brasília, o Dow Jones caia 1,44%. O S&P 500 tinha queda de 2,12% e o Nasdaq operava em baixa de 2,81%. O índice DXY, que mede o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, também foi afetado, caindo 0,44% no mesmo horário.