“Esperamos que o ouro alcance US$ 4.500 por onça no próximo ano e que a prata chegue a US$ 60 por onça no mesmo período”, disse Staunovo à Reuters.
Ouro: cotação do metal precioso está em queda desde que as tensões entre China e EUA diminuíram (Sven Hoppe/picture alliance/Getty Images)
Repórter
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 10h29.
Os preços do ouro subiram nesta segunda-feira, 1º, alcançando o maior nível em seis semanas, em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed) reduza os juros ainda em dezembro. A prata também avançou e renovou recorde histórico.
Segundo informações da Reuters, por volta das 9h39 (horário de Brasília), o ouro à vista subia 0,6%, a US$ 4.255,98 por onça, o maior patamar desde 21 de outubro. Os contratos futuros para fevereiro avançavam 0,8%, para US$ 4.290,70.
A prata registrava alta de 1,9%, negociada a US$ 57,46 por onça, depois de alcançar a máxima histórica de US$ 57,86 mais cedo.
Entre outros metais preciosos, a platina subia 1,3%, a US$ 1.693,95, enquanto o paládio avançava 1,1%, a US$ 1.466,28.
Segundo o analista Giovanni Staunovo, do banco UBS, investidores voltaram a precificar um corte de juros do Fed em dezembro, apoiados na expectativa de que o novo presidente do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) tenha postura mais favorável a juros baixos, o que impulsiona a demanda por ouro.
“A prata se beneficia dos mesmos fatores que o ouro, somados à expectativa de maior demanda industrial no próximo ano”, afirmou o analista à Reuters.
No campo político, o conselheiro econômico da Casa Branca Kevin Hassett disse no domingo que ficaria “feliz” em assumir a presidência do Fed, caso seja escolhido. Assim como o presidente americano Donald Trump, Hassett defende juros mais baixos. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que Trump deve anunciar o novo nome antes do Natal.
Os investidores aumentaram as apostas de redução dos juros após dados mais fracos da economia americana e falas de dirigentes do Fed, como Christopher Waller e John Williams, em tom mais dovish.
O mercado agora precifica 88% de chance de corte em dezembro, de acordo com o CME FedWatch.
A queda dos juros tende a favorecer ativos sem rendimento, como o ouro. A desvalorização do dólar, que caiu ao menor nível em duas semanas, também contribui para baratear o metal para detentores de outras moedas.