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Ouro sobe 2,06% após cinco sessões consecutivas de quedas

Com a incerteza persistente, os investidores passaram a comprar ativos considerados de menor risco, como o ouro e os títulos do Tesouro dos EUA


	Ações: os dados foram interpretados como sinal de que a economia norte-americana continua a patinar e, portanto, o Federal Reserve deverá esperar mais antes de começar a elevar as taxas de juro de curto prazo
 (Thinkstock)

Ações: os dados foram interpretados como sinal de que a economia norte-americana continua a patinar e, portanto, o Federal Reserve deverá esperar mais antes de começar a elevar as taxas de juro de curto prazo (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 17h44.

Nova York - O preço do ouro fechou em alta forte nesta sexta-feira, 2, depois de cinco sessões consecutivas de quedas. O mercado reagiu aos números do nível de emprego nos EUA em setembro, que ficarem bastante abaixo das expectativas.

Os dados foram interpretados como sinal de que a economia norte-americana continua a patinar e, portanto, o Federal Reserve (Fed) deverá esperar mais antes de começar a elevar as taxas de juro de curto prazo.

Com a incerteza persistente, os investidores passaram a comprar ativos considerados de menor risco, como o ouro e os títulos do Tesouro dos EUA.

Segundo o Departamento do Trabalho, foram criados 142 mil empregos em setembro, quando os economistas previam 200 mil; o número de postos de trabalho criados em agosto foi revisado para 136 mil, de 173 mil, e o de julho para 223 mil, de 245 mil.

O número médio de empregos criados nos últimos três meses ficou em 167 mil por mês, de 260 mil por mês no ano de 2014. A taxa de desemprego ficou em 5,1%, a mesma de agosto e em linha com a expectativa.

A taxa de participação na força de trabalho reduziu-se a 62,4%, de 62,6% em agosto. O salário médio por hora recuou US$ 0,01, ou 0,04% em relação a agosto, para US$ 25,09, com alta de 2,2% em comparação com setembro do ano passado.

Com a expectativa de que os dados saíssem melhores, o ouro havia recuado pela manhã, com queda de 0,89% ao atingir a mínima de US$ 1.103,80 por onça-troy.

Indicadores mais fortes apontariam um vigor maior na recuperação da economia, dando ao Fed mais argumentos para passar a elevar as taxas de juro mais cedo - o que tenderia a fortalecer o dólar e a pressionar para baixo os preços dos metais preciosos, que se tornam menos atraentes em comparação com os bônus. Essas expectativas foram desfeitas com o informe do "payroll".

"Foi um erro grande. Os dados são bastante positivos para o ouro pelo resto do ano. Com números como esses, não vejo como o Fed esteja em posição para elevar as taxas de juro", afirmou Bob Haberkorn, da RJ O'Brien.

Para o estrategista Naeem Aslam, da AvaTrade, "os dados saíram tão fracos e frágeis quanto poderiam ser, e não só esmagaram todas as expectativas de uma elevação das taxas de juro em outubro, como também diminuíram bastante as chances de um aperto em dezembro. Se o tom do discurso do Fed se tornar ainda mais 'dovish', poderemos ver o ouro ultrapassar a marca dos US$ 1.200 em breve."

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos do ouro para dezembro fecharam a US$ 1.136,60 por onça-troy, em alta de US$ 22,90 (2,06%).

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