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Ouro fecha no maior nível em mais de seis meses

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, ganhou US$ 38,40, fechando a US$ 1.772,10 a onça-troy


	Barras de ouro: esse e outros metais preciosos são comprados pelos investidores como uma forma de se proteger da inflação
 (Sebastian Derungs/AFP)

Barras de ouro: esse e outros metais preciosos são comprados pelos investidores como uma forma de se proteger da inflação (Sebastian Derungs/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 16h42.

Nova York - Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam no maior nível em mais de seis meses nesta quinta-feira, após o Federal Reserve Bank, o banco central dos Estados Unidos, anunciar uma terceira rodada de relaxamento quantitativo.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para dezembro, ganhou US$ 38,40 (2,21%), fechando a US$ 1.772,10 a onça-troy, o maior nível desde 28 de fevereiro. Já a prata para dezembro avançou US$ 1,486 (4,46%), fechando a US$ 34,778 a onça-troy, o nível mais elevado desde 1º de março.

Após meses de sinalizações, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira que vai comprar US$ 40 bilhões por mês em títulos lastreados em hipotecas (MBS, na sigla em inglês) emitidos por agências do governo, em um programa sem previsão de término. Além disso, o programa Operação Twist, por meio do qual o Fed vende títulos de menor prazo que estão em sua carteira e compra papéis com vencimento mais longo, foi mantido. E o banco central prorrogou para meados de 2015 sua previsão para a manutenção da taxa básica de juros em níveis excepcionalmente baixos.

O ouro e outros metais preciosos são comprados pelos investidores como uma forma de se proteger da inflação que pode resultar de medidas de relaxamento monetário. Além disso, os metais preciosos também foram impulsionados pela queda do dólar, que recuou nesta quinta-feira para o menor nível em mais de cinco meses ante o euro. Como são denominados na moeda norte-americana, os metais se tornam mais baratos para compradores que usam outras divisas quando o dólar se enfraquece.

Apesar da decisão do Fed ter sido antecipada por muitos participantes do mercado - o ouro acumula alta de quase 9% do início de agosto até hoje - analistas dizem que o metal ainda tem algum espaço para subir. "Eu acho que muitas pessoas estavam fora do mercado, apenas esperando que não houvesse uma surpresa negativa", comentou Matt Zeman, diretor de negociação da Kingsview Financial. As informações são da Dow Jones.

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