Ouro: na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para junho terminou com ganhos de 0,5%, a US$ 1.309,30 a onça-troy (Scott Eells/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2014 às 16h19.
São Paulo - Os contratos futuros de ouro fecharam o pregão desta segunda-feira, 5, em alta, impulsionados pelo nervosismo com a crise na Ucrânia.
O aumento das tensões no Leste Europeu levou os investidores a buscar refúgio no ouro, considerado um ativo de segurança.
Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para junho terminou com ganhos de 0,5%, a US$ 1.309,30 a onça-troy.
Tomando como base os contratos mais ativos, este foi o maior nível de fechamento desde 14 de abril.
Nesta segunda-feira, pelo menos quatro oficiais morreram e 30 ficaram feridos na cidade de Sloviansk, no leste da Ucrânia, centro da insurgência contra Kiev, segundo o governo interino.
Enquanto isso, militantes pró-Rússia dizem que pelo menos oito pessoas, entre insurgentes e civis, morreram na região. Além disso, um helicóptero ucraniano foi abatido em Sloviansk, mas ninguém se feriu.
No entanto, dados melhores do que o previsto do setor de serviços dos Estados Unidos limitaram a valorização do ouro.
O índice de atividade de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), subiu para 55,2 em abril, de 53,1 em março, acima do projetado por analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires (54,1).
"Acreditamos que as notícias econômicas positivas, com o PMI medido pelo ISM vindo em 55,2, estão de certa forma 'contrabalançando' o impacto nos mercados de ouro da crise ucraniana, que, ao que tudo indica, está se transformando em uma guerra civil nas áreas do leste da Ucrânia", afirmou o diretor-gerente da H.C. Wainwright, Jeffrey Wright.