Ouro: contrato do metal com entrega para fevereiro registrou desvalorização de 0,04% (AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 17h42.
Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em leve queda nesta quarta-feira, após ganhos nas duas últimas sessões. Mesmo assim, analistas apontam que a demanda pelo metal deve fazer os preços atingirem um nível recorde neste primeiro semestre.
O contrato de ouro mais negociado, com entrega para fevereiro, perdeu US$ 0,70 (0,04%) e terminou a US$ 1.683,20 a onça-troy. "As incertezas sobre o assuntos fiscais e monetários nos Estados Unidos parecem estar mantendo os compradores e vendedores de curto prazo praticamente em equilíbrio no momento (no mercado de ouro)", comenta Ben Traynor, economista-chefe da BullionVault.
Na questão da política monetária, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou mais cedo que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou estável em dezembro ante novembro, e teve alta de 1,7% na comparação com dezembro do ano passado. Com a inflação sob controle, pelo menos por enquanto, o Federal Reserve (banco central norte-americano) pode manter suas políticas de estímulo.
Ao mesmo tempo, as discussões sobre a elevação do teto da dívida nos EUA mantêm os investidores cautelosos, já que o fracasso em um acordo no Congresso pode levar o governo a declarar um calote das suas dívidas.
Mesmo assim, analistas estão otimistas quanto ao desempenho do ouro este ano. Uma pesquisa da Thomson Reuters/GFMS mostrou que a demanda por investimentos deve elevar os preços do metal para um nível recorde neste primeiro semestre. O relatório também aponta para as compras de ouro por parte de bancos centrais, que são "um sólido indício de que a confiança na gestão econômica de países endividados está desaparecendo rapidamente".
O índice BullionVaults Gold Investor Index, que mede o sentimento de investidores ocidentais pelo ouro, alcançou o maior nível em um ano em dezembro. "Os investidores continuam temerosos em relação às projeções para a economia global e se voltam para o ouro como uma forma de proteção", comenta Traynor, da BullionVault.
O banco central da Alemanha informou que vai repatriar parte de suas reservas de ouro. A meta é abrigar 50% das reservas no próprio Bundesbank até 2020, repatriando parte do metal que atualmente está em Nova York e todo o estoque guardado em Paris. As informações são da Dow Jones.