Segundo análise da Heraeus, a demanda por ouro deve cair a partir de agora, até o fim do segundo trimestre (Lisa Fotios/ Pexels/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 18 de março de 2024 às 16h12.
Última atualização em 18 de março de 2024 às 16h29.
O contrato mais líquido do ouro fechou com leve alta nesta segunda-feira, 18, após a desvalorização recente pressionada pelos dados da inflação americana na semana passada. Agora, investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira, 20.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril encerrou o pregão com alta de 0,13%, a US$ 2.164,30 a onça-troy.
O TD Securities escreve que a "configuração assimétrica que impulsionou os mercados do ouro para novas máximas dissipou-se completamente", e agora os preços parecem mais equilibrados com as expectativas de cortes de juros pelo Fed apenas em junho — ou ainda mais tarde.
Na quarta-feira, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) divulga decisão monetária, e é unânime no mercado que os juros permanecerão inalterados.
Porém, a decisão também traz as projeções atualizadas dos dirigentes do BC americano, o que permite um panorama maior para quando virá o primeiro corte de juros. O TD afirma que, quando o corte chegar, o ouro receberá um forte impulso, mas, até lá, o mercado não tem outro catalisador para continuar a tendência altista.
Segundo análise da Heraeus, a demanda por ouro deve cair a partir de agora, até o fim do segundo trimestre, visto que historicamente este é um período de procura mais baixa pelo metal nos mercados asiáticos, após o Ano Novo Lunar na China.
A nota também aponta que a demanda deve esfriar na Índia, o segundo maior mercado de ouro do mundo, visto que o país agora entra em um período com poucos casamentos luxuosos — eventos que são associados a um consumo de ouro maior.