Ouro: crises no Iraque e Ucrânia continuam dando suporte aos ganhos do metal (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2014 às 17h39.
São Paulo - Os contratos futuros de ouro fecharam nesta quarta-feira, 02, no maior patamar desde 21 de março em meio aos temores de uma escalada das tensões geopolíticas.
Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto fechou em alta de US$ 4,30 (0,32%), a US$ 1.330,90 a onça-troy.
As crises no Iraque e na Ucrânia continuam dando suporte aos ganhos do metal precioso, segundo o analista James Cordier, da Liberty Trading. O ouro é considerado um ativo de segurança em meio às tensões geopolíticas.
Ontem, a Ucrânia começou um esforço total para derrotar os separatistas pró-Rússia, na expectativa de recuperar a sua fronteira oriental.
E no Iraque, as forças do governo central continuam na luta contra os insurgentes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que invadiram diversas cidades no norte e no oeste do país e declararam no final de semana um califado.
Nem mesmo os bons números do mercado de trabalho norte-americano em junho frearam o apetite dos investidores pela segurança do ouro.
Segundo a Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisers (ADP/MA), o setor privado dos EUA criou 281 mil empregos no mês passado, acima da expectativa do mercado, que era de criação de 210 mil novos postos.
No entanto, os investidores aguardam com ansiedade os números do relatório de emprego de junho, que serão divulgados amanhã pela manhã. Caso confirme a tendência do ADP, o payroll poderá dar suporte à continuidade da retirada dos estímulos à economia norte-americana pelo Federal Reserve e "certamente poderá interromper o atual rali", afirmou Cordier.
Com informações da Dow Jones Newswires