Ouro: cotação do metal precioso está em queda desde que as tensões entre China e EUA diminuíram (Sven Hoppe/picture alliance/Getty Images)
Repórter
Publicado em 27 de outubro de 2025 às 12h34.
A cotação do ouro recuou abaixo dos US$ 4.000 por onça nesta segunda-feira, 27, em meio a sinais de que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China diminuíram, o que reduz parte da demanda pelo metal como ativo de proteção.
Por volta das 11h51 (horário de Brasília), o ouro à vista caía 2,9%, a US$ 3.990,89 por onça. Já os contratos futuros de ouro para dezembro recuavam 3,2%, a US$ 4.005,20.
O metal precioso chegou a renovar a máxima histórica de US$ 4.381,21 por onça em 20 de outubro, mas já acumula queda de 3,2% desde a semana passada, após sinais de trégua na disputa comercial, segundo informações da Reuters.
No domingo, negociadores americanos e chineses apresentaram um esboço de acordo que prevê suspender novas tarifas dos EUA e adiar medidas de controle de exportação de terras-raras da China. O presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping devem se reunir na próxima quinta-feira, 30, para avançar nas negociações.
Enquanto isso, o mercado aguarda a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira, 29. O consenso é que o banco central americano irá cortar a taxa em 0,25 ponto percentual.
O ouro, por não oferecer rendimento, costuma se beneficiar de ambientes de juros mais baixos. Apesar de analistas ainda projetarem preços mais altos, com a possibilidade de atingir US$ 5.000 por onça, há sinais de cautela.
A Capital Economics reduziu sua projeção para o ouro no fim de 2026 para US$ 3.500/oz, afirmando que “o salto de 25% desde agosto é muito mais difícil de justificar do que movimentos anteriores da alta do ouro”.
Outros metais também recuaram: a prata à vista caiu 4,8%, a US$ 46,28 por onça, a platina cedeu 1,1%, para US$ 1.587,92, e o paládio recuou 2,6%, para US$ 1.391,34.