Preço do ouro foi impulsionado por dólar fraco e pela notícia de que a Venezuela vai nacionalizar a indústria aurífera (AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2011 às 18h44.
Nova York - O ouro fechou hoje em nível recorde pelo segundo dia seguido, beneficiado pelo dólar fraco e pela notícia de que a Venezuela vai nacionalizar a indústria aurífera. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato futuro para dezembro subiu US$ 8,80 (0,49%), fechando a US$ 1.793,80 por onça-troy.
Em uma entrevista por telefone para a TV estatal, o presidente venezuelano Hugo Chávez disse hoje que apresentará um novo decreto nos próximos dias para colocar a exploração e extração de ouro nas mãos do governo. Chávez também planeja retirar as reservas de ouro do país que estão guardadas em bancos europeus e colocá-las em caixas-fortes do banco central venezuelano. As reservas oficias de ouro da Venezuela, de 365,8 toneladas, segundo dados de junho, a colocam na 15ª posição entre os maiores detentores de ouro do mundo, de acordo com o Conselho Mundial do Ouro. Os EUA, que lideram a lista, têm 8.113,5 toneladas.
Segundo Bart Melek, diretor de estratégia para commodities da TD Securities, as reservas existentes da Venezuela não são significativas. "Não é uma grande quantia, considerando que alguns meses atrás o México comprou 100 toneladas", comentou.
"Isso não significa que haverá mais ou menos ouro no mercado. A indústria está apenas sendo transferida do setor privado para o setor público. Mas vai haver uma oferta potencial menor de empresas para o mercado, até que a medida seja questionada na Justiça", afirma o analista Ira Epstein, do Linn Group. As informações são da Dow Jones.