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Ouro bate novo recorde e caminha para maior alta mensal desde 2009

Com receios de paralisação do governo dos EUA e possível corte nos juros, metal sobe 12,3% em setembro

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 06h05.

Última atualização em 30 de setembro de 2025 às 06h14.

ouro voltou a bater recordes de preço nesta terça-feira, 30. Durante a madrugada, o metal precioso chegou ao valor de US$ 3.870,14 por onça-troy. No mês, acumula alta de 12,3%.

Isso coloca o metal no caminho de seu maior avanço mensal desde o fim da década de 2000.

Os contratos futuros com vencimento em dezembro também seguiram em alta, sendo negociados acima de US$ 3.897.

As preocupações com uma possível paralisação do governo dos Estados Unidos contribuíram para o movimento de valorização. A falta de acordo entre lideranças políticas ameaça interromper serviços federais e suspender divulgações oficiais, inclusive dados econômicos de grande relevância.

Juros em queda impulsionam demanda por ouro

Outro fator de peso é a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) continue sua trajetória de corte de juros. Projeções do mercado indicam alta probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual já na próxima reunião, marcada para outubro.

A perspectiva favorece ativos que servem como reserva de valor. O ouro, por não oferecer rendimento direto, tende a se tornar mais atrativo quando os juros recuam.

De acordo com analistas ouvido pela CNBC, o patamar de US$ 4.000 por onça pode ser alcançado até o fim de 2025, caso o atual cenário de instabilidade geopolítica e política monetária expansionista se mantenha.

Outros metais também sobem com a tensão

A valorização não ficou restrita ao ouro.

A prata acumula alta de 18,6% no mês e é negociada a US$ 47,08 por onça. O platinum atingiu US$ 1.609,40, enquanto o palladium avançou para US$ 1.278,62, ambos acompanhando o movimento geral de busca por proteção.

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