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Totvs (TOTS3) compra Linx da Stone por R$ 3,05 bilhões

Companhia está adquirindo os negócios de software da Linx, que pertenciam à Stone

TOTVS adquire Linx: movimento visa consolidar o portfólio da companhia, com foco no varejo (Totvs / Divulgação)

TOTVS adquire Linx: movimento visa consolidar o portfólio da companhia, com foco no varejo (Totvs / Divulgação)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 22 de julho de 2025 às 08h52.

Última atualização em 22 de julho de 2025 às 12h57.

A TOTVS (TOTS3) assinou contrato para adquirir a Linx, da Stone, por R$ 3,05 bilhões. Com a aquisição, a companhia quer consolidar portfólio com foco no varejo. A transação ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A compra da Linx ocorre cinco anos depois de uma primeira tentativa de aquisição pela Totvs.

É a maior transação feita pela Totvs até agora, superando a da RD Station, cujo valor foi de R$ 1,8 bilhão em 2021.

Dennis Herszkowicz, presidente da TOTVS, destacou que a aquisição permitirá a expansão do portfólio e um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento, especialmente no uso de inteligência artificial. A união das duas empresas cria sinergias que reforçam a posição da TOTVS no mercado de soluções para o varejo, alavancando a expansão geográfica da Linx.

O escopo da transação engloba os ativos de software da Stone, que possuem o maior valor estratégico para a TOTVS.

A Linx, reconhecida por suas soluções de gestão para varejo, complementa a atuação da TOTVS, fornecendo 180 soluções que atendem desde pequenos empresários até grandes varejistas.

Em termos financeiros, a companhia encerrou 2024 com uma receita líquida de R$ 1,1 bilhão e Ebitda ajustado de R$ 239 milhões, com destaque para uma receita recorrente de R$ 1,048 bilhão, que representou mais de 90% da receita total, evidenciando a previsibilidade e a forte retenção de clientes da empresa.

Stone na jogada

A Stone comprou a Linx em 2021, quando a empresa de softwares crescia em ritmo forte. Mas a integração e a captura de sinergias se mostraram mais complexas do que se previa na aquisição em 2021.

Há três meses, quando a aquisição era apenas uma possibilidade, investidores se animavam não só com a perspectiva de a Stone voltar a se concentrar nos negócios principais de meios de pagamentos, mas (e principalmente) porque as chances de bons dividendos aumentaram.

“Uma venda seria positiva para a Stone, pois a gestão poderia se concentrar no negócio principal de pagamentos/serviços bancários, e o caixa extra disponível poderia melhorar o custo de financiamento e/ou o pagamento de dividendos”, disseram analistas do Citi na época.

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