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Otimista com condenação, Bolsa sobe 3,7% e dólar cai para R$ 3,15

Apesar do otimismo dos investidores, analista destaca que em ambos cenários de condenação cabem recursos e Lula pode ser candidato

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: restaurante faz promoção baseada em resultado do julgamento (Ricardo Moraes/Reuters)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: restaurante faz promoção baseada em resultado do julgamento (Ricardo Moraes/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 16h27.

Última atualização em 24 de janeiro de 2018 às 18h59.

São Paulo - A certeza do mercado financeiro de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria condenado por unanimidade pelos magistrados que integram a oitava turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no julgamento, que ocorre hoje em Porto Alegre - como de fato ocorreu - fez com que o Ibovespa renovasse a máxima nesta quarta-feira (24).

O principal índice da Bolsa fechou o pregão aos 83.680 mil pontos, o que representa uma valorização de 3,72% no dia.

Já o dólar, que sinalizava queda desde do início das negociações, em queda de 2,5%, batendo na casa dos 3,15 reais.

“Desde da primeira hora, existe um otimismo muito grande que o ex-presidente Lula será condenado por um placar de 3 votos a 0”, explica Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos.

Indech explica que o cenário de 2 votos pela condenação e 1 contra não estava sendo cogitado pelos investidores. “Seria uma surpresa negativa.”

Somado ao otimismo com a condenado, a Bolsa tem sido impactada pelo cenário externo. É o que afirma Leandro Ruschel, sócio-fundador do Grupo L&S. “É um duplo efeito. Além do cenário interno, com o julgamento de Lula, a Bolsa tem sido impactada também pelo desempenho das commodities.”

Recursos

Partido dos Trabalhadores pode recorrer à Justiça para que o Lula seja candidato nas próximas eleições. Com a condenação unânime (3x0) os recursos serão endereçados ao Superior Tribunal de Justiça (recurso especial) ou ao Supremo Tribunal Federal (recurso extraordinário). "Continua a incerteza se Lula deve participação das eleições", finaliza Indech.

 

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