Mercados

Otimismo com EUA dita máxima em 22 meses

São Paulo - Movido por sinais de retomada da economia norte-americana e previsões animadoras de analistas para commodities, o investidor seguiu comprando ações na Bovespa, que chegou ao topo em 22 meses nesta quinta-feira. Com alta de 1,09 por cento, o Ibovespa fechou o dia apontando 71.136 pontos, maior nível desde 5 de junho de […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2010 às 17h40.

São Paulo - Movido por sinais de retomada da economia norte-americana e previsões animadoras de analistas para commodities, o investidor seguiu comprando ações na Bovespa, que chegou ao topo em 22 meses nesta quinta-feira.

Com alta de 1,09 por cento, o Ibovespa fechou o dia apontando 71.136 pontos, maior nível desde 5 de junho de 2008. O giro financeiro do pregão somou 6 bilhões de reais.

A divulgação de que a atividade manufatureira dos EUA cresceu em março na velocidade mais rápida em mais de cinco anos e que os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram, como esperado, na semana passada, levantou esperanças de que o país esteja caminhando para uma recuperação sustentada.

Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,65 por cento, enquanto o S&P 500 evoluiu 0,74 por cento.

No plano doméstico, essa visão otimista da economia foi corroborada com a notícias de que a produção da indústria brasileira cresceu 1,5 por cento fevereiro, acima da média das projeções de analistas, e de que as vendas de automóveis atingiram novo recorde mensal .

"A produção industrial foi um número surpreendente; põe o país em rota de expansão forte", disse Gabriel Goulart Ferreira, analista econômico da Mercatto Investimentos.

Simultaneamente, as commodities tiveram outro dia positivo, na esteira de relatórios de casas de investimentos reiterando o otimismo com o desempenho do setor nos próximos meses. No caso brasileiro, isso se traduziu em renovadas apostas nas blue chips Petrobras e Vale, como o fizeram Bradesco Corretora, Itaú Corretora e Morgan Stanley.

A mineradora, que confirmou nesta quinta-feira que fechou acordo para que 90 por cento de seus contratos de venda de minério de ferro passem por reajustes "flexíveis", viu sua ação preferencial subir 0,8 por cento, a 49,95 reais.

 

Como de praxe, as fabricantes de aço acompanharam a performance da gigante de minério. O papel preferencial da Gerdau subiu 3,5 por cento, a 29,92 reais.

Já o papel preferencial da Petrobras ganhou 1 por cento, saindo a 35,75 reais, na cola da ascensão do barril do petróleo para a casa dos 85 dólares.

Fora do índice, um dos destaques do pregão foi a empresa de bens de consumo Hypermarcas. O papel, terceiro mais negociado da sessão, subiu 5,1 por cento, para 22,85 reais, após a empresa ter informado na véspera que levantou 1,2 bilhão de reais com sua oferta primária de ações.

O pregão marcou também a estreia de Ecorodovias, que terminou o dia estável, a 9,50 reais.

A Bovespa divulgou nesta quinta-feira a primeira prévia da nova carteira do Ibovespa, que passa a vigorar em 3 de maio e aponta a entrada de Brasil Ecodiesel e de Agre.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasservicos-financeiros

Mais de Mercados

Mercado intensifica aposta em alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom

Ação da Agrogalaxy desaba 25% após pedido de RJ e vale menos de um real

Ibovespa opera perto da estabilidade, apesar de rali exterior pós-Fed; Nasdaq sobe 2,5%

Reação ao Fomc e Copom, decisão de juros na Inglaterra e arrecadação federal: o que move o mercado