São Paulo – O Ibovespa encerrou a semana com uma valorização acumulada de 2,5%, ampliando para 13,4% seu avanço em 2014.
As atenções do mercado estiveram voltadas, principalmente, à cena internacional. A presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, afirmou na sexta-feira que o emprego nos Estados Unidos "ainda não se recuperou totalmente da crise", e garantiu que, se o mercado de trabalho se recuperar rapidamente, as taxas de juros podem ser elevadas antes do previsto.
Em discurso realizado na conferência de banqueiros centrais em Jackson Hole, nos Estados Unidos, Yellen confirmou que o Fed prevê o encerramento do programa de compras de títulos hipotecários para outubro.
Novo tropeço
As ações da MMX foram castigadas na semana e encerraram o período com uma queda de 20%, ampliando para 77% o recuo em 2014.
A mineradora informou na última quarta-feira que vai paralisar de forma temporária a sua produção de minério de ferro, em meio a uma queda nos preços da commodity que agravam a situação financeira da empresa.
Além disso, a MMX concederá férias coletivas a seus colaboradores envolvidos diretamente na operação da mina Serra Azul, em Minas Gerais, por 30 dias, a partir da primeira semana de setembro. Trata-se do único ativo da mineradora atualmente em produção.
De bem com o mercado
O destaque positivo da semana ficou para as ações da Natura, que avançaram 11% no período. O mercado repercutiu positivamente a troca de comando na empresa.
Alessandro Carlucci deixará a presidência da Natura, após dez anos no cargo. Seu sucessor será Roberto Lima. Lima foi conselheiro de administração da Natura de 2012 a 2014, além de ter passado pela presidência da Vivo. Mais recentemente estava como chairman do grupo de mídia Publicis.
De novo?
A CSN anunciou na terça-feira que o conselho de administração aprovou a abertura de um novo programa de recompra de ações, para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento. Este é o sexto pregrama de recompra aberta pela siderúrgica.
Desta vez, o objetivo é adquirir até 63.161.055 ações até 25 de setembro deste ano. Segundo fato relevante enviado hoje pela companhia, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), existem atualmente 631.610.554 ações em circulação no mercado.
O objetivo da companhia, de acordo com o documento, é maximizar a geração de valor para o acionista, "por meio de uma administração eficiente da estrutura de capital".
As ações ordinárias da CSN terminaram a semana com leve queda de 0,3%.
Multa salgada
O Bank of America anunciou na quinta-feira a conclusão do acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para encerrar investigações sobre títulos hipotecários que o banco vendeu pouco antes da crise financeira. O banco vai pagar 16,65 bilhões de dólares, a maior multa já paga por um banco americano.
De acordo com o comunicado, a penalidade será dividida em 9,65 bilhões de dólares em dinheiro e outros 7 bilhões de dólares em ajuda aos seus clientes.
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1. Ações em alta, PIB em baixa
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1/12 (Getty Images)
São Paulo - O
Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira aponta que economistas de instituições financeiras revisaram novamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiros. A previsão é que o PIB cresça 0,79%, contra 0,81% anteriormente. Enquanto a economia anda a passos de tartaruga, a
lgumas ações da Bovespa destoam do movimento macroeconômico e apresentam expressivas valorizações nos últimos 12 meses.
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2. B2W (BTOW3)
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2/12 (Luis Ushirobira/EXAME.com)
Desempenho em 12 meses: +170% Em julho, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de 100% da Direct Express Logística Integrada pela B2W. A companhia havia anunciado em meados de junho a assinatura de contrato com a Tegma Gestão e Logística para compra da Direct Express por 127 milhões de reais.
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3. Kepler Weber (KEPL3)
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3/12 (Bloomberg)
Desempenho em 12 meses: +151% A companhia de armazenagem de grãos encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de cerca de 600 mil reais, praticamente zerando o ganho de 6,2 milhões de reais obtido um ano antes.
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4. BICBANCO (BICB4)
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4/12 (Adriano Machado/Bloomberg)
Desempenho em 12 meses: +123% O banco foi considerado pela agência de classificação de risco Fitch como um dos bem posicionados para lidar com o atual cenário de compressão das margens de lucro resultante da fraca atividade econômica.
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5. Kroton (KROT3)
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5/12 (Divulgação)
Desempenho em 12 meses: +114% Após a fusão com a Anhanguera, a Kroton se tornou maior empresa de ensino privado do país e uma das maiores do mundo, com cerca de 1,1 milhão de alunos. No segundo trimestre deste ano, o lucro líquido da companhia mais do que dobrou. O valor foi de 286 milhões de reais para o período de abril a junho, alta de 153% na base de comparação anual.
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6. Smiles (SMLE3)
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6/12 (Divulgação)
Desempenho em 12 meses: +73% A Smiles teve lucro líquido de 64,1 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 32,7% na comparação anual. A companhia fez uma parceria estratégica com a Cielo para oferecer aos varejistas o acúmulo, o resgate e a consulta de milhas do programa de fidelidade por meio das máquinas.
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7. BB Seguridade (BBSE3)
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7/12 (Bovespa)
Desempenho em 12 meses: +84% Um relatório do BTG Pactual afirma que o BB Seguridade continuará superando as rivais em termos de crescimento de negócios por uma grande margem por pelo menos mais três anos. Com isso, os analistas do BTG Pactual elevaram o preço-alvo do papel para 38 reais, ante 30 reais. No segundo trimestre, o lucro líquido do BB Seguridade foi de 45,4 milhões de reais no segundo trimestre, crescimento de 53,6% sobre igual intervalo de 2013.
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8. GOL (GOLL4)
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8/12 (Wikicommons)
Desempenho em 12 meses: +63% A performance durante a Copa do Mundo fez com que a companhia atingisse lucro operacional no segundo trimestre deste ano. O lucro operacional atingiu 38 milhões de reais no período, o primeiro resultado operacional positivo entre os meses de abril a junho desde 2010.
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9. Estácio (ESTC3)
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9/12 (Divulgação)
Desempenho em 12 meses: +61% A companhia anunciou este ano duas aquisições. No início de julho, a empresa adquiriu o Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam), com sede em Belém (PA), por 80 milhões de reais. Em agosto, a companhia anunciou que comprou a totalidade das quotas do Centro de Assistência ao Desenvolvimento de Formação Profissional Unicel, mantenedor da Faculdade Literatus, com sede e campus em Manaus (AM).
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10. Cielo (CIEL3)
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10/12 (ARQUIVO)
Desempenho em 12 meses: +61% A companhia foi uma das cinco empresas brasileiras citadas em estudo sobre casos de sucesso em mercados emergentes, do Boston Consulting Group (BCG). No caso da Cielo, o estudo mostra que enfrentou uma série de grandes desafios após a abertura de capital em 2010, com entrada de concorrentes multinacionais num mercado onde anteriormente tinha exclusividade.
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11. Magazine Luiza (MGLU3)
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11/12 (Reprodução)
Desempenho em 12 meses: +50% A companhia espera crescer acima dos 10% nos dois próximos trimestres de 2014. No segundo trimestre deste ano, a companhia registrou alta de 24,5% nas vendas de lojas estabelecidas há pelo menos um ano, o que gerou aumento de receita e 28,5%.
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12. Quem paga mais ao acionista
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12/12 (Marcos Santos/usp imagens)